A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, causou repercussão nesta domingo ao fazer declarações dramáticas sobre a atuação do então presidente Donald Trump em questões de segurança urbana. Durante uma entrevista na CBS News, Noem afirmou que Chicago “teria queimado” se não fosse a intervenção de Trump, criticando a gestão local e estadual.
Declarações controversas sobre o papel do governo federal
Noem declarou que, ao enviar a Guarda Nacional para Chicago, Trump evitou um desastre maior na cidade, além de afirmar que Los Angeles “não estaria de pé” se o ex-presidente não tivesse mobilizado forças federais em junho para conter protestos contra políticas de imigração.
“E assim, os cidadãos, os pequenos empresários no centro de LA, estão agradecidos por Trump ter vindo com a aplicação da lei federal, ajudando a manter as ruas abertas, protegendo suas casas e negócios, e garantindo que a ordem fosse restabelecida”, afirmou Noem, sem demonstrar dúvidas sobre a necessidade dessas ações.
Reação e críticas às declarações
Quando questionada por Ed O’Keefe, apresentador do programa, sobre a justificativa dessas ações, Noem reforçou sua posição, chamando-as de medidas “incrivelmente importantes” por parte do governo Trump. Essas declarações geraram controvérsia, pois muitos ativistas e políticos as consideraram exageradas e politicamente motivadas.
A utilização de forças federais em cidades sob jurisdição estadual foi alvo de críticas severas, sendo vista como uma intervenção excessiva e uma tentativa de controle político. Segundo fontes da BBC News, a estratégia do governo Trump foi considerada por opositores como uma reação desproporcional às manifestações contra políticas migratórias.
Impactos e reações políticas
Especialistas afirmam que as declarações de Noem reforçam um discurso de polarização, em que a segurança pública é usada como ferramenta partidária. A afirmação de que cidades como Los Angeles e Chicago “iriam queimar” sem ações federais é vista como uma narrativa sensacionalista que ignora o contexto político e social local.
A assessoria de Noem não retornou comentários adicionais até o momento, enquanto críticos continuam a analisar o impacto dessas declarações na imagem da secretária e na narrativa política do governo.
Próximos passos
Analistas destacam que o debate sobre o uso de forças federais e a gestão urbana deve continuar nos próximos meses, em meio ao cenário de instabilidade política e social nos Estados Unidos. A polarização em torno de segurança pública segue como um dos temas centrais na agenda política nacional.