Brasil, 17 de setembro de 2025
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Banco Central intensifica combate ao crime organizado nas fintechs

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destaca medidas para proteger o sistema financeiro após operação contra esquema de combustíveis.

Na última sexta-feira (5/9), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fez uma importante declaração ao afirmar que a Faria Lima e as fintechs estão sendo utilizadas como “vítimas do crime organizado”. Sua fala se deu em contexto de uma megaoperação que desmantelou um esquema criminoso ligado ao setor de combustíveis, envolvendo núcleos controlados por organizações mafiosas e operadoras baseadas na famosa Faria Lima, que é o principal centro financeiro do Brasil.

Medidas do Banco Central contra crimes financeiros

Em resposta à crescente atuação do crime organizado, o Banco Central anunciou uma série de medidas voltadas a fortalecer a segurança do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Galípolo deixou claro que as ações visam combater o crime organizado, não afetar instituições do setor financeiro ou fintechs que operam de forma legítima.

“As medidas são contra o crime organizado, não contra qualquer tipo de instituição ou segmento”, ressaltou o presidente, buscando tranquilizar o mercado e os investidores sobre a integridade e a segurança das operações financeiras no país.

A operação Carbono Oculto e suas implicações

Desmantelamento de um esquema sofisticado

A operação Carbono Oculto, deflagrada em 28 de agosto, teve como foco um esquema criminoso inserido no setor de combustíveis. Durante a megaoperação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão dirigidos a 350 alvos, incluindo pessoas físicas e jurídicas localizadas em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

A Receita Federal revelou que os criminosos criaram uma rede empresarial para lavar dinheiro, infiltrando-se na cadeia produtiva de combustíveis e no mercado financeiro, utilizando fintechs e gerenciando cerca de 40 fundos de investimento que, juntos, possuem patrimônio avaliado em R$ 30 bilhões.

Além disso, foi constatado que **uma rede de 1.200 postos de combustíveis movimentou mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024**, mas pagou apenas **R$ 90 milhões (0,17%) em impostos**. Essa discrepância levanta sérias preocupações sobre a operação financeira dessas empresas e a necessidade urgente de medidas de fiscalização mais rigorosas.

A resposta da sociedade e do mercado

A comunicação do Banco Central e as declarações de Galípolo tiveram um impacto imediato no mercado, gerando reações tanto positivas quanto preocupações sobre a eventual regulação mais severa das fintechs. Especialistas do setor financeiro apontam que, embora seja fundamental combater o crime organizado, é necessário encontrar um equilíbrio que não destrua a inovação e o crescimento do setor de tecnologia financeira no Brasil.

Profissionais do setor bancário e de fintechs estão atentos às próximas medidas que podem ser implementadas, na expectativa de que as ações do Banco Central provoquem uma limpeza no ambiente financeiro, eliminando práticas ilícitas e assegurando que instituições sérias possam operar com tranquilidade.

Conclusão: um passo necessário na luta contra o crime

As ações do Banco Central são um reflexo da necessidade de proteger a integridade do sistema financeiro brasileiro diante da crescente ameaça representada pelo crime organizado. O compromisso expresso por Gabriel Galípolo de atuar contra essas práticas ilegais é uma etapa vital para assegurar um ambiente econômico mais seguro e robusto. O monitoramento contínuo e a colaboração entre as instituições financeiras e os órgãos reguladores serão essenciais para garantir que o sistema financeiro nacional permaneça imune a essa ameaça.

A sociedade espera por mais informações e resultados efetivos dessa operação e das medidas que serão implementadas, na esperança de que um sistema financeiro mais seguro torne-se realidade no Brasil.

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