O meio-campista Lucas Paquetá, autor de um dos gols na recente vitória da seleção brasileira contra o Chile, está em meio a um conturbado cenário jurídico e esportivo. O jogador, que atua pelo West Ham, foi absolvido em julho por um tribunal da Justiça brasileira após ser acusado de má conduta relacionada a apostas. No entanto, a Federação Inglesa de Futebol (FA) ainda pode aplicar uma sanção ao atleta, o que levanta questões sobre a integridade do esporte e as responsabilidades dos jogadores.
Expectativa de punição pela FA
Apesar da absolvição na Justiça, Paquetá não está completamente em paz. A FA o acusou de não ter cumprido suas obrigações durante a investigação, não respondendo devidamente a perguntas e não fornecendo informações necessárias. Esse descumprimento é considerado uma violação da Regra F3, que poderá resultar em uma penalização pelo órgão regulador do futebol inglês.
Relatos da imprensa inglesa sugerem que o meio-campista pode enfrentar uma multa significativa, estimada em 150 mil libras (aproximadamente R$ 1,1 milhão). A FA ainda estuda se essa penalidade será a sanção final a ser aplicada, além de que Paquetá poderia ser responsabilizado por custos legais que podem ultrapassar R$ 7,3 milhões.
Detalhes da investigação
A investigação da FA abrange a análise de duas infrações atribuídas ao jogador. A primeira infração, considerada mais grave, envolveu alegações de que Paquetá teria tentado influenciar diretamente o resultado de quatro partidas do West Ham entre novembro de 2022 e agosto de 2023. Ele foi acusado de buscar receber um cartão amarelo intencionalmente, o que poderia afetar o mercado de apostas, mas a FA não conseguiu comprovar essa má conduta, resultando em sua absolvição.
A segunda infração se refere a uma condenação pela violação da Regra F3, que determina que um atleta deve colaborar com investigações. A acusação alega que Paquetá não respondeu a perguntas em duas oitivas realizadas em setembro e novembro de 2023. Essa falha em cumprir as demandas da FA foi classificada como má conduta, e a comissão regulamentadora agora decidirá sobre a punição.
Compromisso da FA com a integridade do futebol
Na última quarta-feira, a FA comunicou que não irá recorrer da decisão que absolveu Paquetá, reafirmando seu compromisso com a manutenção da integridade do futebol. Em uma nota oficial, a Federação declarou que conduzirá investigações rigorosas e completas quando surgirem alegações sérias de violações das regras. Essa postura reforça a importância de transparência e ética dentro do esporte, além de proteger a imagem das competições.
Com a expectativa de uma decisão em breve sobre a possível sanção ao jogador, os olhos do público e da mídia permanecem atentos. Paquetá, que já enfrentou uma pressão significativa em campo e fora dele, agora se depara com as consequências de suas ações e decisões, que podem afetar não apenas sua carreira, mas também sua imagem como atleta respeitado.
Este caso destaca a crescente responsabilidade dos jogadores em relação às apostações e comportamentos que possam ser considerados questionáveis. Enquanto muitos fãs torcem pela continuidade de Paquetá na seleção e em seu clube, a necessidade de um ambiente esportivo íntegro e justo exige uma análise profunda e vigilância constante sobre as ações de todos os envolvidos no esporte.