O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Teresina, gerenciado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), divulgou na quinta-feira (4) que, entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 82 trotes, causando deslocamentos desnecessários de ambulâncias para ocorrências falsas. Essas ações prejudicam o funcionamento do sistema e colocam vidas em risco.
Impacto dos trotes no atendimento de emergência
De acordo com Adélia Oliveira, diretora geral do SAMU, um trote ocorre quando alguém liga para o número 192 e fornece informações falsas, levando ao envio indevido de equipes de socorro. “Isso é criminoso e prejudica o nosso trabalho de salvar vidas, onde o tempo é precioso”, destacou Oliveira.
A gestora ressalta que, embora o percentual de trotes seja baixo, o prejuízo causado é significativo. “As equipes gastam combustível e, mais importante, perdem tempo que poderia ser utilizado em atendimentos reais. Trotes colocam vidas em risco, ao desviar recursos essenciais”, explicou.
Importância da conscientização da população
Ela reforçou o apelo à comunidade para que colabore com a preservação do sistema de emergência. “Esperamos que a população compreenda a gravidade dessas ações e contribua para o bom funcionamento do SAMU”, finalizou Oliveira.
Estrutura do SAMU em Teresina
O serviço pré-hospitalar é um programa do Governo Federal, administrado localmente pela FMS, que oferece atendimento em casos de urgência clínica, obstétrica, traumática e psiquiátrica. Atualmente, a unidade de Teresina conta com oito ambulâncias básicas, três unidades avançadas e quatro motolâncias.
Os dados reforçam a necessidade de ações educativas e de fiscalização para reduzir esses trotes e garantir uma resposta eficiente às ocorrências reais.