O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, enfrenta uma série de desafios após ser condenado em primeira instância pela Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A decisão, que impacta diretamente sua participação no Campeonato Brasileiro, resultou na punição de 12 jogos de suspensão e uma multa de R$ 60 mil. O atleta foi considerado culpado por forçar um cartão amarelo em uma partida contra o Santos, disputada no Estádio Mané Garrincha, em 2023, em uma ação que beneficiou apostadores.
Próximos passos da defesa
A defesa de Bruno Henrique já anunciou que irá recorrer da decisão. Para isso, o caso deverá ser levado ao Pleno do STJD, que é a última instância esportiva no país. A expectativa é que a defesa busque uma revisão da pena, alegando falta de evidências concretas de manipulação durante a partida. Se a condenação permanecer, há ainda a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte, a instância mais alta em nível internacional.
Possibilidade de efeito suspensivo
Até que o recurso seja julgado, o Flamengo tem a opção de solicitar um efeito suspensivo, o que permitiria que Bruno Henrique não cumprisse a totalidade da pena enquanto o processo se desenrola. Contudo, mesmo com o efeito suspensivo, o jogador poderá ser desfalque em algumas partidas, uma vez que a equipe precisaria cumprir a suspensão mínima de dois jogos antes de recorrer, conforme o artigo 147 do Código Brasileiro de Justiça Esportiva (CBJD).
Impacto nas competições
Embora o jogador tenha sido absolvido da acusação relacionada ao artigo 243, que aborda manipulação e prejuízo deliberado a uma equipe, ele ainda está autorizado a frequentar as instalações do Flamengo e treinar com seus companheiros. Isso significa que ele poderá se preparar para o duelo pela Libertadores contra o Estudiantes, da Argentina, já que a suspensão imposta se aplica apenas a competições nacionais até o momento.
Possíveis desdobramentos com a CBF
De acordo com informações do Blog do Diogo Dantas, para que a penalidade também seja aplicada em jogos da Libertadores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisaria oficiar a FIFA para adaptar a pena. Se essa solicitação não for feita, Bruno Henrique poderia participar das quartas de final do torneio da Conmebol sem restrições.
Reação do STJD e possíveis novos recursos
A procuradoria do STJD ainda pode provocar a denúncia e solicitar uma punição mais severa para o atleta. Até o momento, nada foi formalmente pedido, mas se a defesa do jogador seguir com seus recursos, o caso deverá ser analisado pelo Pleno do tribunal.
Votação dos auditores
A votação sobre o caso de Bruno Henrique trouxe diferentes interpretações entre os auditores. O relator, Alcino Guedes, propôs a condenação no artigo 243-A, com pena de 12 partidas e multa de R$ 60 mil. Outros auditores, como Guilherme Martorelli, absolveram o jogador de algumas acusações, enquanto outros, como Carolina Ramos e o presidente do tribunal, Marcelo Rocha, concordaram com a condenação no artigo 243-A. Esses desdobramentos refletem a complexidade e a seriedade do caso, que pode trazer mais consequências jurídicas e esportivas para o Flamengo e para o jogador em questão.
Acompanhar os desdobramentos desse caso será essencial, não apenas para o futuro de Bruno Henrique, mas também para toda a dinâmica do Campeonato Brasileiro e da participação do Flamengo na Libertadores. As próximas semanas prometem ser intensas para todos os envolvidos.
