Brasil, 5 de setembro de 2025
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Kennedy afirma que revisão de segurança do aborto com mifepristona está em andamento

Secretário da HHS afirma que estudo sobre segurança do medicamento abortivo ainda não foi concluído

Durante audiência no Senado nesta quinta-feira (4), o secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., afirmou que a revisão federal sobre a segurança da pílula abortiva mifepristona ainda está em andamento, sem previsão de conclusão.

Críticas à administração Biden

Kennedy declarou que a administração do ex-presidente Joe Biden “tragou os dados” para minimizar os riscos à saúde associados ao medicamento, prometendo que esforços serão feitos para garantir “ciência honesta e de alto padrão” na análise.

Senadores republicanos, como James Lankford e Steve Daines, questionaram Kennedy sobre o cronograma da revisão e a possibilidade de a Food and Drug Administration (FDA) restringir mais rigorosamente o uso do medicamento.

Preocupações com a segurança do mifepristona

Daines citou um estudo do Ethics and Public Policy Center (EPPC) que revelou que 11% das mulheres que usaram a pílula enfrentaram pelo menos um “evento adverso grave” dentro de 45 dias, percentual 22 vezes maior que a estimativa oficial da FDA, inferior a 0,5%. (estudo)

“Isso mostra que há riscos reais que não estão sendo devidamente considerados”, afirmou Daines, reforçando preocupações com o avanço desregulado do uso do medicamento.

Regulamentações progressivas

O FDA reduziu progressivamente os requisitos para a obtenção do mifepristona, eliminando a necessidade de visitas presenciais e a obrigatoriedade de o medicamento ser dispensado por um médico, além de permitir entregas pelo correio. Kennedy afirmou que verifica as avaliações constantes do FDA, que está recebendo e analisando novos dados.

Compromisso com estudos de segurança

Embora Kennedy não tenha definido uma data para a conclusão da revisão, garantiu que irá manter os senadores informados. Ele ainda destacou que o governo Trump, em 2016, também flexibilizou as regras do medicamento e que hoje **mais da metade dos abortos no país** são realizados por via química, com o uso de mifepristona.

Segundo Kennedy, estudos adicionais continuam sendo realizados para determinar os riscos do medicamento. “Essas pesquisas estão em andamento e em progresso”, afirmou o secretário.

Perspectivas futuras

As discussões acontecem em um momento de intensificação do debate sobre os riscos do aborto químico nos Estados Unidos, especialmente após a promessa do ex-presidente Donald Trump, em 2024, de manter o aborto com remédios disponível legalmente, embora tenha dirigido estudos adicionais sobre sua segurança.

Para a presidenta da organização pró-vida Susan B. Anthony Pro-Life America, Marjorie Dannenfelser, a revisão do FDA é uma “vitória” após anos de negligência, e ela aguarda uma atualização com os novos dados prometidos pelo governo.

Mais informações sobre os riscos do aborto químico podem ser encontradas no guia divulgado pelos bispos dos EUA.

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