Brasília – A assinatura do contrato de concessão da BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, marca o início de uma nova era para a infraestrutura rodoviária de Minas Gerais. O acordo firmado nesta quarta-feira (22), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atende a uma demanda histórica dos mineiros, prometendo maior segurança e desenvolvimento econômico para a região.
A concessão, administrada pela empresa Nova 381, do grupo 4Um, prevê investimentos de R$ 9,34 bilhões em 30 anos, com R$ 5,5 bilhões destinados à duplicação de trechos, adição de faixas, construção de áreas de escape e melhorias significativas na estrutura da rodovia. Conhecida há décadas como “Rodovia da Morte” devido aos elevados índices de acidentes, a BR-381 agora é vista como um símbolo de transformação.
BR-381 é um marco histórico para Minas Gerais
O trecho de 300 quilômetros, que passa por cidades estratégicas como Ipatinga e Coronel Fabriciano, é essencial para a economia local, integrando o Vale do Aço ao restante do estado e ao Brasil. Durante a assinatura do contrato, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, ressaltou o impacto positivo que a concessão terá na qualidade de vida dos mineiros.
“Essa é uma demanda histórica que hoje se torna realidade. A BR-381, além de essencial para o transporte de cargas e pessoas, é uma via que liga sonhos. Agora, podemos sonhar com mais segurança e oportunidades para Minas Gerais”, declarou Damião.
O prefeito também reforçou a necessidade de atenção a outras obras importantes, como o Anel Rodoviário de Belo Horizonte, visto como um complemento essencial para a melhoria da mobilidade no estado.
“Um sonho distante torna-se realidade”, diz ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou o projeto como uma realização de promessas feitas durante a campanha presidencial de 2022. “Há 20 anos, quando fui diretor-geral do DNIT, demos início às primeiras intervenções na rodovia. Hoje, sob a liderança de Lula, o que era um sonho distante torna-se realidade”, afirmou o ministro.
A concessão inclui a construção de Pontos de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros, passarelas para pedestres e pontos de atendimento ao usuário, reforçando o compromisso com a segurança de quem trafega pela rodovia.
Investimentos e geração de empregos
Com o contrato, espera-se a geração de 83,5 mil empregos diretos e indiretos durante as três décadas de concessão. Além disso, os investimentos prometem beneficiar cerca de 4 milhões de pessoas que vivem nas cidades ao longo do trajeto.
“Essa obra não é apenas uma estrada; é um motor de desenvolvimento. Vamos resolver um problema que impacta diretamente o dia a dia dos mineiros e fomentar a economia regional”, destacou o deputado Reginaldo Lopes.
Dificuldades e superação
A duplicação da BR-381 é uma meta que já enfrentou inúmeros desafios. Desde 2014, quando o governo Dilma Rousseff assinou a primeira ordem de serviço, o projeto encontrou barreiras como o alto custo das obras, questões técnicas complexas e a necessidade de desapropriações. Empresas contratadas abandonaram lotes, deixando trechos inacabados e a rodovia em condições precárias.
Somente em 2024, após um leilão bem-sucedido, o projeto conseguiu atrair a iniciativa privada. A Nova 381 venceu a disputa ao oferecer menores tarifas de pedágio e um compromisso robusto de investimento.
Contrato assinado
A concessão da BR-381 é mais do que uma obra de infraestrutura; é uma promessa de mudança para milhões de brasileiros. Com a duplicação e melhorias, a rodovia terá o potencial de reduzir drasticamente os acidentes e de se tornar um dos principais corredores logísticos do país.
O deputado Odair Cunha destacou o papel transformador do projeto: “Estamos reescrevendo a história de Minas Gerais. A BR-381 deixará de ser conhecida como a ‘Rodovia da Morte’ para se tornar um eixo de desenvolvimento e segurança para nosso povo.”
Agora, com o contrato assinado, resta acompanhar a execução do projeto e garantir que as melhorias prometidas sejam entregues. Para os mineiros, a esperança é que a BR-381 não seja apenas uma estrada, mas o símbolo de uma nova era de progresso e integração.
