Brasil, 4 de setembro de 2025
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1% da população dos EUA se identifica como transgênero em 2025

Relatório de UCLA estima que 2,8 milhões de americanos se reconhecem como trans, com jovens mais propensos a essa identificação.

Um novo relatório do Williams Institute na UCLA estima que 1,0% dos americanos com 13 anos ou mais se identificam como transgênero, totalizando cerca de 2,8 milhões de pessoas em 2025. Os dados revelam que as gerações mais jovens são significativamente mais propensas a se reconhecer como trans do que os grupos mais idosos.

Dados detalhados sobre a população trans nos EUA

Segundo o relatório, 0,8% dos adultos americanos, aproximadamente 2,1 milhões, se identificam como trans, enquanto 3,3% dos adolescentes entre 13 e 17 anos, cerca de 724 mil, também se reconhecem como trans. Esses números, que usam dados do CDC e das pesquisas BRFSS e YRBS de 2021 a 2023, representam o levantamento mais completo até hoje sobre jovens trans.

Desde 2014, mais estados passaram a incluir perguntas sobre identidade de gênero nas pesquisas de saúde, passando de 19 para 41 na faixa de 2021 a 2023. A distribuição por gênero entre adultos é aproximadamente igual: cerca de um terço se identifica como mulher trans, outro como homem trans e outro como não binário.

Identificação trans entre jovens é mais alta

Parte visível dessa tendência é a maior prevalência entre os mais jovens: 2,7% dos adultos entre 18 e 24 anos se dizem trans, contra apenas 0,3% entre os maiores de 65 anos, uma diferença estatisticamente significativa. De todas as pessoas com 13 anos ou mais que se identificam como trans, 25,3% têm entre 13 e 17 anos, enquanto 28,9% estão entre 18 e 24 anos, e 50,7% entre 18 e 34 anos. No total, 76% da população trans com 13 anos ou mais tem menos de 35 anos.

Discussão sobre ideologia de gênero

Theresa Farnan, especialista do Ethics and Public Policy Center, afirmou que esses números refletem uma realidade complexa e preocupante. “Em alguns aspectos, esses dados são chocantes; em outros, parecem até baixos”, disse Farnan, que destacou uma pesquisa de 2021 que apontou quase 10% de estudantes trans em uma rede escolar urbana.

Theresa Farnan, Ph.D., é especialista em ética e políticas públicas.
Theresa Farnan, Ph.D., é especialista em ética e políticas públicas. Crédito: Courtesy of Ethics and Public Policy Center

Ela alerta que “a ideologia de gênero não vai desaparecer”, argumentando que há milhões atuando sob uma “falsa antropologia”, internalizada ao ponto de desacreditar nas próprias sensações corporais. Farnan também criticou políticas públicas e culturais que, na visão dela, reforçam essas questões, afirmando que é preciso atuar em múltiplos níveis do sistema social.

Perspectivas futuras e desafios

Embora governos conservadores tenham tomado medidas, como ordens executivas proibindo procedimentos médicos trans para menores, Farnan acredita que essas ações não resolvem o problema fundamental. “Quando um democrata assumir a presidência novamente, tudo isso deve voltar com força”, afirmou. Ela também mencionou dificuldades legais, como leis que permitem procedimentos “life-saving” mesmo em estados que os proibiriam.

Além disso, Farnan destacou que fatores culturais e maior pressão social contribuem para a continuidade desse fenômeno. Pesquisas recentes indicam que a maioria dos jovens universitários sente-se pressionada a adotar opiniões progressistas para evitar ostracismo social, o que influencia na adesão à narrativa transgênero.

Confirmando uma tendência de crescimento

O relatório de 2023 revela uma alta tendência de crescimento na identificação trans, sobretudo entre jovens, com aumento de 3,3% entre os adolescentes em 2023, contra 0,7% em 2017, e de 2,7% entre os jovens adultos, contra 1,3% em 2016. Isso reflete um aumento de 100% em relação a 2016 na estimativa do total de indivíduos trans no país, resultado de melhorias na coleta de dados e maior disposição em se reconhecer como trans na sociedade americana.

Farnan aponta que fatores de risco como transtornos de saúde mental, uso de pornografia e questões familiares contribuem para esse crescimento, especialmente entre os jovens. Ela também ressaltou a dificuldade de desidentificação após a entrada no universo trans, citando casos de pessoas que enfrentam rejeição e riscos de violência ao questionar suas escolhas.

Para mais informações, acesse o relatório completo.

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