Brasil, 5 de setembro de 2025
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Falta de cirurgião pediátrico prejudica atendimento em hospital do Ceará

O Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara enfrenta a falta de cirurgiões pediátricos, comprometendo a assistência a crianças.

O Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara (HGWA), localizado em Fortaleza, enfrenta uma grave crise no atendimento pediátrico devido à ausência de médicos cirurgiões especializados. Essa situação foi denunciada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará e levanta preocupações sobre a qualidade do atendimento a crianças que necessitam de intervenções cirúrgicas urgentes.

Situação crítica no Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara

De acordo com informações do sindicato, a falta de cirurgiões pediátricos na unidade hospitalar pode resultar em riscos significativos para os menores, que dependem de um atendimento especializado em situações de emergência. Enquanto isso, o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que administra o hospital, declara que está em negociações para a renovação do contrato relacionado à cirurgia pediátrica.

Em nota oficial, o ISGH afirmou que a proposta apresentada pelo fornecedor para a continuidade dos serviços de cirurgia pediátrica superava o limite orçamentário definido. No entanto, a instituição garantiu que os pacientes continuam a receber atendimento de qualidade e segurança, contando com o apoio da rede de saúde estadual.

Negociações salariais e suas consequências

Enquanto os representantes do ISGH tentam resolver a situação, os cirurgiões pediátricos estão em negociações há cerca de três meses, buscando um reajuste salarial que compense a defasagem nos valores pagos atualmente. A proposta apresentada pela gestão hospitalar, que considera apenas o índice de inflação (IPCA), foi considerada insuficiente pela categoria. Edmar Fernandes, presidente do sindicato, destacou que a proposta não reflete a valorização que os cirurgiões pediátricos merecem, uma vez que sua formação exige um longo período de capacitação e especialização.

Desigualdade na remuneração

Outro ponto crítico levantado pelo sindicato é a diferença de remuneração entre cirurgiões pediátricos e cirurgiões gerais. Os profissionais defendem que a especialidade pediátrica exige competências mais abrangentes e um maior tempo de formação, o que deveria ser refletido nos salários. Essa disparidade é vista como um obstáculo à atração e retenção de médicos especializados no hospital, o que compromete a qualidade do atendimento.

Demandas urgentes para melhoria do atendimento

Em resposta à crise, na última segunda-feira (1º), o Sindicato dos Médicos oficiou um comunicado ao ISGH e à secretária de Saúde do estado, Tânia Mara. No documento, o sindicato solicitou providências imediatas para resolver a falta de cirurgiões pediátricos e exigiu esclarecimentos sobre os critérios usados para a definição de remuneração. Além disso, foi pedido um reajuste que leve em consideração a complexidade e a importância da função.

A situação do Hospital Waldemar de Alcântara não é um caso isolado. A falta de médicos em diversas especialidades é uma questão que afeta a saúde pública em todo o Brasil. Especialistas alertam que essa crise pode resultar em consequências graves, especialmente para as crianças, que não podem esperar por tratamentos adequados e urgentes.

Apelo por soluções a curto prazo

A urgência da situação pede uma atenção redobrada das autoridades de saúde e gestores hospitalares. A sociedade cearense, especialmente os pais e responsáveis pelas crianças, precisa de garantias de que seus filhos receberão a assistência necessária em momentos críticos. A expectativa é que as negociações sejam rapidamente solucionadas para que o Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara retome a oferta de um atendimento completo e especializado em cirurgia pediátrica.

A crise que envolve a falta de cirurgiões pediátricos no HGWA é mais do que uma questão de salários. É um desafio que exige uma reavaliação das políticas de saúde e valorização dos profissionais que se dedicam a cuidar das crianças. A continuidade da assistência pediátrica em Fortaleza depende da capacidade de diálogo e resolução rápida entre as partes envolvidas.

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