Brasil, 3 de setembro de 2025
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Família de estudante brasileiro morto na Bolívia aguarda traslado do corpo

A família de Igor Rafael Oliveira Souza, 32 anos, busca apoio do Itamaraty para repatriar o corpo do jovem.

A família do estudante brasileiro de medicina Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos, que faleceu no dia 26 de agosto em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, enfrenta um momento de profunda tristeza e incertezas. Até o momento, eles aguardam uma posição do Ministério das Relações Exteriores sobre os custos para o traslado do corpo do jovem para o Brasil.

De acordo com Artur Oliveira, chefe do setor consular em Santa Cruz de La Sierra, o consulado tem oferecido auxílio e suporte à família. Uma psicóloga foi designada para atender a mãe de Igor, Neidimar Oliveira da Silva Souza, que se encontra na Bolívia desde o último domingo (31). Além disso, um advogado está à disposição para orientações jurídicas e o consulado se encarrega de toda a parte burocrática relacionada à documentação necessária para a repatriação, incluindo o contato com funerárias.

Custos do traslado e resposta do Itamaraty

A solicitação para o custeio do traslado do corpo já foi enviada ao Ministério das Relações Exteriores, mas ainda está sendo analisada. Até a última atualização da reportagem, o Itamaraty não havia se pronunciado sobre a possibilidade de cobrir esses custos. A falta de resposta tem gerado apreensão na família, que busca respostas em um momento tão delicado.

Resultados da autópsia levantam questionamentos

Um aspecto que tem gerado controvérsias é a autópsia realizada pelo Instituto de Medicina Legal da Bolívia, que apontou a causa da morte de Igor como anoxia anóxica (ausência de oxigênio), asfixia mecânica por compressão torácica e asfixia mecânica por sufocamento. Um ponto específico do laudo, que menciona que Igor tinha “útero de tamanho e consistência normal, com presença de menstruação”, foi contestado pela família, que questiona a pertinência dessa informação em relação às circunstâncias da morte do jovem.

Imagens de segurança e a condenação dos seguranças

Imagens de câmeras de segurança do local onde ocorreu o incidente mostram Igor entrando em um comércio de forma nervosa. Seis minutos depois, seguranças aparecem levando o estudante para a calçada de maneira agressiva, onde ele é imobilizado e aparece desacordado. O consulado brasileiro informou que os seis seguranças envolvidos no caso foram julgados e condenados a dois anos de prisão, mas, por conta da legislação boliviana, continuam em liberdade, visto que as penas inferiores a três anos não resultam em encarceramento.

Apoio ao sofrimento da família

Em meio a essa situação angustiante, a atuação do consulado tem sido um ponto de apoio para Neidimar Oliveira. A disponibilidade de um profissional psicólogo é fundamental nesse momento de luto e incerteza, enquanto a família tenta compreender os detalhes em torno da trágica morte de Igor.

A espera por respostas do Itamaraty e a repatriação do corpo de Igor são prioridades para a família, que busca não apenas trazer o jovem de volta ao Brasil, mas também esclarecer os eventos que levaram a sua morte. A preocupação com o que os laudos apontam e a falta de explicações claras continuam a afetar o emocional de todos os envolvidos, em um contexto que revela a necessidade de mais apoio e comunicação entre as autoridades brasileiras e a família.

A morte de Igor Rafael Oliveira e a luta de sua família para resolver essa situação destaca não apenas a fragilidade dos laços com o exterior, mas também a importância de um suporte mais robusto em situações tão delicadas, onde vidas e destinos se entrelaçam de forma trágica.

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