de que uma troca pode ser mais viável. A pasta possui uma ampla rede de influência e muitos políticos do Centrão estão de olho em assumir o cargo, especialmente em um ano pré-eleitoral. Entre os nomes cogitados, Ricardo Gomyde, ex-secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, emergiu como possível substituto, dada sua experiência e proximidade com o Partido dos Trabalhadores.
Desafios para a permanência de Celso Sabino
A situação de Sabino é mais complicada, o que torna qualquer possível substituição mais onerosa tanto politicamente quanto economicamente para o governo Lula. O ministro tem desempenhado um papel crucial na preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA). Além de sua função direta como ministro do Turismo, ele preside o Conselho Executivo da ONU Turismo, o que lhe confere uma posição de destaque e influência no cenário internacional.
Fontes no Planalto sugerem que a melhor estratégia seria apoiar a permanência de Sabino, avaliando até mesmo uma transição do União Brasil para o MDB. No entanto, ainda não houve um contato formal com o governador do Pará, Helder Barbalho, que possui a palavra final no diretório do partido e pode ser um fator decisivo na negociação.
Outra possibilidade em análise é a concessão de um licenciamento partidário a Sabino, para que ele possa continuar suas atividades à frente do Ministério do Turismo. Se uma troca for inevitável, o nome de Marcelo Freixo, atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), foi aventado como substituto, visto como alguém capaz de dar continuidade aos projetos que já estão em andamento, especialmente no que diz respeito à COP30.
Pressão política sobre os ministros
Com o rompimento anunciado pelo União Brasil e pelo PP, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez declarações contundentes que ressaltam a necessidade de os ministros e dirigentes permanecerem em linha com os interesses do governo. A mensagem de Gleisi foi clara: aqueles que desejam continuar em seus cargos devem mostrar compromisso total com as pautas propostas por Lula, não apenas em relação à sua permanência, mas também quanto à defesa desses interesses no Congresso Nacional.
Durante uma comunicação via redes sociais, a ministra comentou: “Quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende.” O presságio é de que todos os envolvidos que atravessam um momento de instabilidade política devem “ajoelhar no milho” e preparar-se para se alinhar mais estreitamente ao governo, com dedicação ativa à aprovação de propostas.
Como se não bastasse a pressão do Planalto, os ministros também terão que lidar com os desafios provenientes de seus próprios partidos. Os presidentes do União e do PP já emitiram um ultimato, ameaçando punições para aqueles que optarem por permanecer no governo petista. O advogado Antônio Rueda, presidente do União, enfatizou que qualquer desobediência à determinação seria seguida de afastamentos.
Ministérios sob a influência do União e PP
Atualmente, o União e o PP comandam quatro ministérios importantes, que incluem:
- Esporte, com Fufuca;
- Turismo, com Sabino;
- Integração e Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes;
- Comunicações, sob Frederico Siqueira.
A permanência de indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está garantida como uma “cota pessoal”, uma vez que os apadrinhados não são filiados ao União Brasil. O futuro desses ministérios e de seus ocupantes ainda é incerto, mas as decisões tomadas nas próximas semanas podem moldar profundamente o cenário político do Brasil à medida que se aproxima um ano eleitoral decisivo.
O desenrolar dessa situação pode trazer impactos significativos não apenas para os envolvidos diretamente, mas para o governo como um todo enquanto Lula tenta manter a estabilidade de sua administração frente a um cenário político em constante mudança.
O Planalto está em meio a um intenso debate sobre possíveis substitutos para o ministro do Esporte, André Fufuca, e a manutenção do ministro do Turismo, Celso Sabino. Este movimento acontece após o Partido Progressista (PP) e o União Brasil, respectivos partidos dos titulares das pastas, anunciarem um rompimento formal com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ameaçando ainda punir os filiados que que permanecem ocupando cargos na esfera federal. Em contrapartida, o Planalto está cobrando uma adesão firme às pautas do governo.
Ministros se mostram resistentes à troca
Tanto Fufuca quanto Sabino demonstraram resistência em deixar suas funções. Ambos tentam garantir a continuidade do apoio do presidente Lula para seus projetos eleitorais nos estados do Pará e Maranhão, onde possuem forte influência eleitoral. De acordo com fontes próximas, a estratégia de ambos é buscar suporte no Centrão, tanto de alas governistas de suas próprias legendas quanto de outros partidos do Centrão.
No caso do ministério do Esporte, há uma expectativa crescente no Planalto