Um tribunal na cidade de Reims, leste da França, condenou nesta terça-feira o viticultor Didier Chopin por produzir e vender champanhe falsificado com vinhos adquiridos na Espanha e no sul da França, aos quais adicionava gás carbônico. A sentença inclui um ano e meio de prisão, além de 30 meses suspensos e outras penalidades financeiras.
Condenações e multas por fraude no mercado de bebidas
Chopin, de 56 anos, foi sentenciado a um ano e meio de prisão e 30 meses de detenção suspensa. Sua esposa recebeu uma pena de dois anos suspensos pelos mesmos crimes de fraude e usurpação de marca protegida. Além disso, ambos foram multados em 100 mil euros (R$ 636.100,00 na cotação atual). Sua sociedade, SAS Chopin, foi condenada a uma multa de 300 mil euros (R$ 1,9 milhão) por desvios de fundos e uso indevido de ativos.
O tribunal também proibiu o viticultor de atuar na indústria do champagne por cinco anos, incluindo trabalhar ou administrar qualquer empresa relacionada à produção ou venda do produto. Durante o julgamento, a acusação destacou a “lógica cínica e premeditada de lucro” por trás da fraude.
Fraude multibilionária e impacto na reputação do setor
Entre 2022 e 2023, Chopin produziu e comercializou centenas de milhares de garrafas de champanhe falso, estimando-se que a fraude atingiu milhões de euros. Os lucros ilícitos geraram prejuízos ao setor e aos consumidores prejudicados, incluindo o comitê Champagne e diversos compradores. Chopra também enfrentará indenizações a serem pagas aos afetados.
Durante o julgamento, Chopin declarou aos jornalistas: “Cometi um erro, estou arruinado e não tenho nada a acrescentar”. Seu advogado, Francis Fossier, solicitou uma sentença com suspensão condicional, alegando que o cliente cumpriu sete meses de prisão no Marrocos, sob condições críticas, após fugir da França após a descoberta da fraude.
Reprodução de atividades e processos futuros
Após a fuga, Chopin iniciou um negócio de horticultura no Marrocos, onde foi posteriormente preso por acusações relacionadas a cheques sem fundos. Um outro julgamento referente às violações alfandegárias na exportação do champanhe falsificado foi adiado para 3 de fevereiro de 2026.
Além disso, o viticultor enfrenta um processo judicial movido por cinco ex-funcionárias que o acusam de agressão sexual, ampliando o escândalo envolvendo sua conduta.
Para mais informações, acesse Fonte original.