A prefeita de Washington, D.C., Muriel Bowser, determinou nesta terça-feira que a cidade continue trabalhando em parceria com as forças federais de segurança, mesmo após o término do estado de emergência declarado pelo ex-presidente Donald Trump para controle do crime na capital. A medida foi adotada para garantir a cooperação contínua, sem prazo definido, e busca manter o apoio federal na área de segurança pública.
Decisão de seguir a cooperação mesmo após o fim do estado de emergência
Trump declarou a emergência na cidade no mês passado, invocando uma cláusula do Home Rule Act que lhe permite assumir o controle da polícia local em situações de crise. Apesar de dados demonstrarem uma redução significativa na criminalidade, a ação de Trump resultou na prisão de mais de 1.000 pessoas e foi elogiada pelo próprio nas redes sociais, que chegou a chamar D.C. de “zona livre de crime”.
Porém, especialistas e integrantes do próprio governo de D.C. têm questionado a eficácia dessa estratégia. A prefeita Bowser afirmou que, embora tenha reconhecido a redução de crimes, a presença intensificada das forças federais e de agentes de imigração e agências de segurança não está resolvendo o problema de forma sustentável. “Ela (a presença federal) não é uma solução estrutural”, declarou a prefeita.
Limites legais e continuidade da operação
O Home Rule Act permite que o presidente federalize a polícia de D.C. por até 30 dias, prazo que se encerra em 10 de setembro. Após esse período, a extensão da operação dependeria da aprovação do Congresso. Mesmo assim, Bowser assinou a ordem para manter a cooperação e a presença dos agentes federais além dessa data.
Impulsionando uma política de segurança duradoura
Ao divulgar sua decisão, Bowser afirmou que a medida busca “fornecer um caminho sustentável para o futuro além do estado de emergência presidencial”. A iniciativa visa manter o apoio federal na manutenção da ordem pública, independentemente do encerramento formal do estado de emergência.
Críticos, por outro lado, argumentam que ações pontuais e o aumento da presença federal não substituem estratégias estruturais de combate à violência. Como o aumento da presença de agentes federais não tem uma ação de longo prazo definida, a eficácia do plano permanece incerta.
Perspectivas futuras e desafios
Especialistas discutem que a continuidade da cooperação dependerá de fatores políticos e da evolução dos índices de criminalidade em D.C. O debate sobre a autonomia local versus o controle federal deve permanecer ativo nos próximos meses.
Para mais detalhes, consulte o site da TIME ou as declarações oficiais da prefeitura de D.C. nas redes sociais.