A corrida presidencial de 2026 se aproxima, e Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um cenário adverso para sua reeleição e leva com ele a esquerda no Brasil. Dados recentes de pesquisas indicam que o presidente e seu governo estão perdendo apoio popular, enquanto a direita e a centro-direita se consolidam como forças políticas robustas no Brasil. Este movimento é intensificado pelo contexto global, com a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos em 2025, fortalecendo discursos conservadores e ampliando o espaço para políticas similares no Brasil.
Lula é um presidente sob pressão
Pesquisas de opinião mostram que a popularidade de Lula está em declínio. Em dezembro de 2024, apenas 27% da população avaliava positivamente o governo, o menor índice desde o início do terceiro mandato. No mesmo período, 44,6% classificaram a administração como “ruim” ou “péssima”, enquanto 40,8% a consideravam “boa” ou “ótima”. O Instituto Paraná Pesquisas revelou que 50,4% dos brasileiros desaprovam a gestão de Lula, contrastando com os 46,1% que a aprovam. Esses números refletem um cenário de desaprovação que se estabilizou acima da metade da população, cenário que o PT não esperava encontrar no meio do caminho da reeleição.
Economia e segurança são os pilares da crise
A insatisfação com a política econômica é um dos principais motores da queda na popularidade. Cerca de 43% dos entrevistados consideram a situação econômica do país ruim, enquanto 37% avaliam negativamente o mercado de trabalho. Questões como inflação elevada e a falta de clareza no cronograma de entregas fiscais têm alimentado a desconfiança. Além disso, a segurança pública continua a ser uma preocupação significativa: 60,8% dos brasileiros apontam criminalidade e tráfico de drogas como os principais problemas do país.
Nordeste resistência no apoio a Lula, mas com fissuras
Enquanto a desaprovação ao governo predomina no Sul e Centro-Oeste, com índices como 62,7% de rejeição, o Nordeste permanece como um dos últimos bastiões de apoio a Lula. Na região, 51,6% ainda avaliam o governo positivamente, mas há sinais de desgaste. A aprovação, embora superior à média nacional, já apresenta quedas graduais, ameaçando a hegemonia histórica do PT na região.
Direita ascende no Brasil e redesenha cenário político
Números que preocupam a esquerda
A bancada da centro-direita na Câmara dos Deputados representa aproximadamente 247 parlamentares, cerca de 46,2% do total de 513. Essa consolidação não apenas fortalece a oposição, mas também oferece uma base política sólida para os nomes que despontam como potenciais adversários de Lula em 2026.
Nomes fortes da direita
Se de um lado a esquerda conta apenas com o nome de Lula cuja tentativa de reeleição seria o cenário mais natural, do lado da direita há um plantel de alternativas que se consolidaram politicamente e em popularidade.
Entre os principais candidatos que podem desafiar Luiz Inácio Lula da Silva, destacam-se:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): O governador de São Paulo é considerado um dos favoritos, embora parte de seus aliados o aconselhe a buscar a reeleição estadual.
- Romeu Zema (Novo): Governador de Minas Gerais, Zema desponta como uma alternativa pragmática e bem-sucedida.
- Ronaldo Caiado (União Brasil): O governador de Goiás busca uma candidatura independente, sem alinhamento automático ao bolsonarismo.
- Eduardo Leite (PSDB): O governador do Rio Grande do Sul é visto como um potencial unificador de uma direita moderada.
- Gusttavo Lima: O cantor sertanejo, apesar de controverso, demonstra potencial de mobilização popular devido à sua popularidade e alinhamento com valores conservadores.
Impacto de Trump e o alinhamento ideológico
A vitória de Donald Trump em 2025 trouxe fôlego às alas conservadoras do Brasil. Com uma retórica alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Trump é visto como um exemplo de resiliência política que inspira a direita brasileira. Pesquisa aponta que 44% dos brasileiros acreditam que a reeleição de Trump influencia diretamente as eleições de 2026, reforçando a oposição ao governo Lula.