Brasil, 2 de setembro de 2025
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Lula cobra ministros e enfrenta pressão do União Brasil no governo

O presidente Lula exige apoio dos ministros em meio a críticas e pressões de partidos como o União Brasil e o PP.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo claro durante a segunda reunião ministerial deste ano, pedindo que seus ministros ligados ao centro defendam abertamente o governo em eventos pelo país. Essa cobrança vem em um momento de crescente tensão política, especialmente com o União Brasil pressionando o ministro do Turismo, Celso Sabino, a se afastar do cargo, o que indicaria o desembarque da sigla da base governista.

A tensão no governo

A reunião no Palácio do Planalto reuniu o alto escalão do governo, onde Lula alinhou as prioridades de sua administração até 2026. Com a pressão política aumentada, os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, e do PP, senador Ciro Nogueira, têm encontro agendado para discutir a possibilidade de retirar suas siglas do apoio ao governo. Ambos os líderes acreditam que a recente federação partidária pode fortalecer uma candidatura única de oposição nas eleições de 2026.

Movimentações rumo a 2026

Com os olhares voltados para a eleição presidencial de 2026, Lula se reuniu com ministros e líderes do MDB para avaliar possíveis cenários. Dentre os presentes estavam os ministros Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento), além do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que busca fortalecer as opções do partido. As discussões incluem a possível permanência de Geraldo Alckmin (PSB) como vice, embora essa questão ainda permaneça incerta.

No cenário interno do MDB, o governador do Pará, Helder Barbalho, emerge como uma opção viável para a chapa presidencial, enquanto Tebet é considerada uma forte candidata a vice. Além disso, a eleição de Edinho Silva para a presidência nacional do PT indica uma estratégia do partido em adotar um perfil mais moderado, em busca de união com partidos centristas para a disputa de 2026.

Pressão sobre Celso Sabino

Dentro do União Brasil, a pressão está em cima do ministro do Turismo, Celso Sabino. Alguns membros do partido estão insistindo na sua saída do governo, e, caso se mantenha, há até a possibilidade de expulsão dele da sigla. O União, além do Turismo, possui também os ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional e das Comunicações, liderados por Waldez Góes e Juscelino Filho, ambos apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

O PP, por sua vez, indicou André Fufuca como ministro do Esporte, que também enfrenta pressões para deixar o governo.

Impactos na governabilidade

A entrada dos partidos centristas na base do governo tinha como objetivo ampliar o apoio no Congresso Nacional desde o início do mandato de Lula. Contudo, a possibilidade de saída do União Brasil e do PP representa uma ameaça significativa, pois essas legendas controlam mais de 100 cadeiras na Câmara dos Deputados e cerca de 15 no Senado. Isso poderia complicar a aprovação de propostas importantes para o governo no Legislativo.

Reação do Planalto às críticas

Lula manifestou descontentamento com as críticas de Antonio Rueda, que colocou em dúvida a eficácia da administração petista ao falar sobre as tarifas aplicadas por Donald Trump aos produtos brasileiros. O presidente do União chegou a dizer que “O governo Lula é triste. Não consegue entregar à sociedade o que a sociedade precisa”. Essa atitude provocou uma resposta rápida de Lula, que convocou seus ministros para explicar as declarações.

Olhos nas estratégias para 2026

Com os atritos aumentando dentro da coalizão, o Planalto observa atentamente as movimentações de outras siglas. Lula tem se reunido com líderes do PSD, Republicanos e MDB para discutir a preparação para as eleições de 2026. Entre os possíveis nomes para a corrida presidencial, destacam-se os governadores Eduardo Leite (RS) e Ratinho Júnior (PR), que podem se tornar candidatos viáveis a depender do cenário político.

O cenário atual indica que, enquanto a pressão interna aumenta, o governo de Lula precisará mobilizar todas as suas energias para manter uma base sólida e garantir a governabilidade até 2026.

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