Brasil, 2 de setembro de 2025
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Rei do rebaixamento é extraditado e chega ao Brasil

A Polícia Federal extraditou William Rogatto, investigado por manipulação de resultados no esporte. Entenda o caso.

No último dia 29 de agosto, a Polícia Federal (PF) realizou a extradição de William Pereira Rogatto, conhecido como o “rei do rebaixamento”. O indiciado, preso em novembro do ano passado pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, agora já se encontra em solo brasileiro, onde será responsabilizado pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e manipulação de resultados no esporte.

O esquema de manipulação esportiva

William Rogatto ficou em evidência após prestar depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre o esquema fraudulento que se espalhou por diversas competições esportivas. Em suas declarações, ele admitiu ter feito parte de um esquema que movimentou milhões de reais e que envolveu a compra de árbitros, jogadores e até dirigentes de clubes. Ele afirmou ter lucrado mais de R$ 300 milhões manipulando jogos de futebol e que foi responsável pelo rebaixamento de 42 clubes ao longo de sua atuação criminosa.

“Rebaixei 42 times e sou conhecido como ‘Rei do Rebaixamento’. Mas não dá para ganhar dinheiro sem rebaixá-los. Não estou matando ninguém, roubando ninguém, o sistema é falho. A criação da máquina me favoreceu; encontrei a brecha”, sentenciou Rogatto em seu depoimento na CPI.

Consequências jurídicas e a delação premiada

A extradição de Rogatto foi realizada em cumprimento a um mandado de prisão preventiva emitido pela 1ª Vara Criminal e Tribunal do Júri de Santa Maria/DF. Com sua chegada ao Brasil, muitos agora especulam sobre a possibilidade de um acordo de delação premiada. O senador Carlos Portinho (PL), que fez parte da CPI, comentou em sua rede social que espera que Rogatto colabore com as investigações: “Espero que ao chegar ao Brasil seja feito o acordo de delação premiada. O Futebol Brasileiro merece”, escreveu o senador.

A importância da ética no esporte

O caso de William Rogatto levanta questões cruciais sobre a ética e a integridade no esporte brasileiro. A manipulação de resultados não afeta apenas a credibilidade dos campeonatos, mas também prejudica inúmeros torcedores que vivem a paixão pelo futebol de forma legítima. A situação ressalta a necessidade urgente de reformas e de um sistema mais robusto de fiscalização e punição para coibir práticas fraudulentas.

Diante da gravidade das denúncias que cercam o chamado “rei do rebaixamento”, espera-se que sua extradição e, possivelmente, o acordo de delação premiada contribuem para desmantelar redes de manipulação e garantir uma maior transparência nas apostas e nos jogos. Com o apoio da sociedade civil e das autoridades, é possível restaurar a confiança no futebol e proporcionar um ambiente mais justo e íntegro para todos os envolvidos.

O futuro das investigações

Agora que William Rogatto está de volta ao Brasil, as investigações devem se intensificar. Autoridades esperam não apenas que ele revele mais detalhes sobre sua atuação, mas também que possa fornecer informações sobre outros possíveis envolvidos. O impacto de suas declarações pode ser determinante para a condenação de outros membros de sua organização e até mesmo para o esclarecimento de dúvidas persistentes no cenário esportivo brasileiro.

Assim, o retorno do “rei do rebaixamento” às terras brasileiras não representa apenas um ato de justiça pessoal, mas pode se tornar um ponto de inflexão na luta contra a corrupção no esporte. A sociedade observa atentamente os desdobramentos deste caso e espera por resultados que possam contribuir para um futebol mais limpo e ético no Brasil.

Com sua extradição, espera-se que William Rogatto enfrente as consequências de suas ações, trazendo à tona uma discussão necessária sobre a integridade no esporte e o combate a práticas criminosas que mancham a imagem do futebol brasileiro.

Para mais informações, acesse a matéria completa.

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