O surfe brasileiro vivenciou mais um momento de glória. Yago Dora, artista das ondas e representante da Brazilian Storm, fez história ao conquistar seu primeiro título mundial no WSL Finals, realizado em Cloudbreak, Fiji. Ao vencer a bateria decisiva, o paranaense de 29 anos se destacou por sua plasticidade e habilidade nas manobras, solidificando seu nome entre os grandes do esporte brasileiro.
Desempenho excepcional em Fiji
Vestindo sua icônica lycra amarela, Yago Dora encarou a pressão de disputar a final após um ano repleto de desafios. Para ele, todo o esforço valeu a pena. Na decisão, enfrentou o jovem norte-americano Griffin Colapinto, um rival que vinha em ascensão após vencer competidores de peso, como Brasil e África do Sul. Yago, no entanto, mostrou sua força, dando rasgadas impressionantes e obtendo uma pontuação final de 15,66, em comparação a 12,33 do adversário.
“Algo especial aconteceu esta semana. Desde que cheguei aqui, senti que as coisas estavam indo a meu favor. Não importava quem eu enfrentasse, sabia que sairia vitorioso. Estou tão feliz que nem consigo encontrar palavras”, afirmou Yago, emocionado após a conquista.
Mudanças que impulsionaram a carreira
A vitória em Fiji não é apenas um marco na carreira de Yago, mas também representa uma transição significativa em sua trajetória. No último ano, ele decidiu mudar de treinador, optando por não ser mais orientado por seu pai, Leandro Dora, que o acompanhou durante toda a sua vida. Essa mudança se traduziu em resultados impressionantes, incluindo duas vitórias em etapas do World Surf League (WSL) na temporada regular: Peniche, em Portugal, e Trestles, na Califórnia.
A escolha de reconectar-se profissionalmente com o treinador Leandro da Silva se mostrou acertada, levando Yago a um desempenho excepcional e culminando na conquista do título mundial, e abrindo caminho para novos desafios na próxima temporada.
Desafios enfrentados por outros brasileiros
Enquanto Yago celebrava seu sucesso, a história de Italo Ferreira, campeão anterior, destacava os altos e baixos do surfe. Italo quase ficou fora do Finals após oscilações no ranking, mas garantiu a última posição como quinto colocado. No entanto, sua jornada foi interrompida quando enfrentou Colapinto, onde, apesar de suas tentativas de repetir a estratégia que o levara ao sucesso anteriormente, não conseguiu obter notas que o colocassem à frente. Terminou a temporada em quarto lugar, um resultado que foi frustrante para o medalhista olímpico.
“O resultado foi decidido no fim, e ficou apertado, porque eu não sabia quais seriam as notas do meu adversário. Se eu tivesse mais tempo, provavelmente teria conseguido virar a bateria”, desabafou Italo após sua eliminação.
O futuro do surfe brasileiro no WSL
Com o encerramento da temporada, um novo calendário está se preparando para 2026, com prazos significativos e mudanças que impactarão a estrutura do circuito. Os surfistas da elite terão uma pausa de sete meses até a próxima competição, que ocorrerá em Bells Beach, na Austrália, em abril. A temporada se encerrará em dezembro de 2026 na icônica onda tubular de Pipeline, no Havaí.
A vitória de Yago Dora não apenas traz alegria ao Brasil, mas tambémtime reafirma o potencial da nova geração de surfistas brasileiros em um cenário internacional e competitivo. Com essa conquista, Yago deixa sua marca e simboliza a força e a paixão pelo surfe que ainda farão ecoar a voz do Brasil nas ondas ao redor do mundo.
