O advogado Novacki, defensor de Anderson Torres, expressou sua confiança na imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF) ao afirmar que o julgamento será realizado de maneira isenta e baseado nas provas do processo. Em declarações recentes, ele destacou que não acredita em “jogos de cartas marcadas” quando se trata da justiça brasileira. O cenário, segundo ele, é favorável a uma análise justa, livre de influências externas.
Fatos que fundamentam a defesa
O advogado menciona diversos elementos que, segundo ele, reforçam a defesa de Torres. Primeiramente, destacou a declaração de figuras chave, como o Brigadeiro Batista Jr. e o general Freire Gomes, que negaram a participação de Torres em uma reunião onde se discutiram medidas como a decretação de estado de sítio. Além disso, os representantes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que estiveram presentes na reunião onde foi decidido o policiamento para o dia da eleição, também afirmaram em juízo que não houve qualquer pedido de direcionamento por parte do então ministro da Justiça, Anderson Torres.
Um dos pontos centrais da defesa reside na perícia realizada pelo STF em uma live em que a Procuradoria Geral da República (PGR) acusava Torres de ter divulgado informações falsas. A perícia não encontrou nenhuma evidência que corroborasse tais acusações, o que fortalece a argumentação de Novacki.
Incertezas sobre a minuta e seu contexto
Outro aspecto relevante citado por Novacki é a questão da minuta encontrada na residência de Torres. Ele argumenta que este documento não é o mesmo que foi encontrado no celular de Mauro Cid, nem que foi discutido na reunião com os representantes das Forças Armadas. Novacki afirma que o texto envolvido já circulava nas redes sociais desde dezembro, antes dos eventos em questão. A defesa requer que o STF realize um rastreio para identificar quem fez a postagem original da minuta, mas até o momento, esse pedido não foi atendido.
A relação entre advogado e réu
Importante destacar que Novacki não é apenas um defensor legal, mas também um amigo pessoal de Anderson Torres. Ambas as famílias têm um histórico de proximidade, e eles foram colegas no secretariado de Ibaneis Rocha durante seu governo no Distrito Federal. Novacki, inclusive, foi o responsável por transmitir a Torres o convite para assumir a Secretaria de Segurança na primeira vez em que o mesmo assumiu essa posição. Essa proximidade entre advogado e cliente é vista por Novacki como um fator que contribui para a confiança na defesa que está sendo conduzida.
O julgamento de Anderson Torres no STF representa um momento crítico para a política brasileira e para a própria Justiça. Enquanto a defesa se reafirma na narrativa de que as provas contra seu cliente são inconsistentes e que o Supremo irá agir de maneira isenta, a opinião pública aguarda ansiosamente por desdobramentos. A transparência e a imparcialidade nos procedimentos judiciais são fundamentais para garantir a confiança no sistema de Justiça, especialmente em casos que envolvem figuras políticas de destaque.
Com isso, a expectativa é de que o STF conduza o julgamento com rigor e justiça, permitindo que todas as partes apresentem seus argumentos e evidências, sendo necessário que a verdade prevaleça.
