Teresina, 31 de janeiro de 2025
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A expansão do BRICS e a redefinição do equilíbrio de poder

Cuba é um dos países que foram aceitos no BRICS; Brasil presidente o bloco e desafia Estados Unidos.
Expansão do BRICS

O BRICS, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciou nesta sexta (17) a inclusão de oito novos países como parceiros, entre eles Cuba e Bolívia. Sob a presidência do Brasil, essa expansão marca um passo significativo no fortalecimento da cooperação entre nações emergentes e no avanço de uma agenda multipolar que desafia a hegemonia dos Estados Unidos nas relações internacionais.

BRICS anuncia expansão com oito novos países sob a presidência do Brasil

Os países adicionados como parceiros do BRICS são:

  • Belarus
  • Bolívia
  • Cazaquistão
  • Cuba
  • Malásia
  • Tailândia
  • Uganda
  • Uzbequistão

Embora não sejam membros plenos do bloco, os novos parceiros terão acesso a cúpulas e reuniões temáticas, com status inferior ao dos cinco membros fundadores. Essa categoria de adesão reflete o esforço contínuo do BRICS em diversificar e ampliar sua influência global.

Processo de expansão

As negociações para a ampliação do BRICS começaram em 2023 e ganharam força na cúpula daquele ano, realizada na África do Sul. Na ocasião, foi aprovada a entrada de seis países, incluindo Egito, Etiópia e Irã. A Argentina também estava na lista inicial, mas desistiu de integrar o grupo após a posse do presidente Javier Milei, que adotou uma política externa mais alinhada ao Ocidente.

Oportunidades para os novos parceiros

A adesão ao BRICS oferece oportunidades econômicas estratégicas para os países participantes. Para Cuba, o ingresso no grupo pode abrir novos caminhos para superar o embargo econômico dos Estados Unidos, fortalecendo parcerias com economias como China e Índia. Já para a Bolívia, a adesão significa maior acesso a grandes mercados e a possibilidade de diversificar suas relações comerciais.

Segundo analistas, a inclusão desses países reflete o esforço do BRICS em promover uma agenda que priorize os interesses do Sul Global, incentivando um comércio mais equilibrado e justo.

Impactos na geopolítica global

A ampliação do BRICS reforça a tendência de um mundo multipolar, com a emergência de novas forças influentes no cenário internacional. Essa configuração desafia o modelo de governança e economia dominado pelos Estados Unidos e seus aliados, promovendo alternativas baseadas na cooperação entre países em desenvolvimento.

“O ingresso de Cuba e Bolívia no BRICS como parceiros marca uma reconfiguração das alianças globais, fortalecendo a voz do Sul Global e reduzindo a dependência de estruturas de poder tradicionais”, afirmou um especialista em relações internacionais.

Com a inclusão de novos parceiros, o BRICS busca consolidar-se como um contraponto às instituições ocidentais, como o FMI e o Banco Mundial. No entanto, o sucesso dessa expansão dependerá da capacidade do grupo de integrar os novos participantes de forma eficaz, ampliando sua relevância em temas como comércio, investimentos e governança global.

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