Na última sexta-feira (29), um trágico acidente no Centro Nacional de Paraquedismo, em Boituva, São Paulo, resultou na morte do paraquedista Marcelo Levy Garisio Sartori, de 46 anos. Um vídeo, que circula nas redes sociais, registrou o momento em que Marcelo cai repentinamente, levantando preocupações sobre a segurança no esporte.
Detalhes do acidente
O vídeo mostra outros dois paraquedistas pousando com segurança antes de Marcelo realizar seu salto. Infelizmente, enquanto se aproximava do solo, seu equipamento parece ter apresentado falhas, levando à queda. Informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) indicam que, apesar de ser socorrido e levado ao Hospital São Luís, Marcelo não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Marcelo era um paraquedista experiente, classificado como atleta profissional da categoria D, que é a mais avançada no esporte. Ele havia acabado de comemorar seu aniversário no sábado anterior ao acidente.
Reações e luto
A comunidade de paraquedismo e as instituições de Justiça estão chocadas com a perda. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) expressou seu pesar através de uma nota: “Os integrantes do Tribunal de Justiça de São Paulo lamentam a morte precoce de Marcelo Sartori, filho do ex-presidente da Corte, e unem-se aos familiares e amigos nessa hora de imensa dor.”
Da mesma forma, a Associação de Paraquedismo de Boituva (APB) também lamentou o acidente, afirmando que Marcelo era bem respeitado e considerado um paraquedista altamente qualificado. O acidente ocorreu, segundo testemunhas, durante uma manobra em baixa altitude que resultou em colisão com o solo.
Investigações em andamento
A Prefeitura de Boituva informou que Marcelo estava com toda a documentação e habilitação internacional em dia, além disso, seu equipamento havia passado por verificações e apresentava boas condições de funcionamento. “As investigações já foram iniciadas pela Polícia Civil de Boituva. Até o momento, não foram encontradas evidências de falha mecânica,” declarou um representante da prefeitura.
A Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) ressalta que, embora Marcelo não estivesse filiado à entidade, estará acompanhando as investigações e apoiando a família durante este difícil momento. “A prefeitura manifesta solidariedade aos familiares, amigos e colegas do paraquedista, reiterando o compromisso de prestar apoio e seguir colaborando com as investigações para que todas as circunstâncias do ocorrido sejam devidamente esclarecidas,” complementou.
Um mês trágico para o paraquedismo em Boituva
O acidente com Marcelo não é um caso isolado. Este é o segundo incidente fatal em um período de apenas um mês no mesmo local. No início de agosto, um outro paraquedista, Thomas Storino Britis, de 44 anos, também faleceu após um acidente durante um salto. Ele colidiu com outro paraquedista em queda livre, mas, de acordo com a polícia, seus paraquedas funcionaram corretamente. No entanto, o impacto resultou em ferimentos fatais.
Esses incidentes levantam questões sobre a segurança no paraquedismo e a necessidade de revisões nos protocolos de segurança e treinamento, especialmente em locais populares como Boituva, reconhecido por suas atividades de salto. As associações ligadas ao esporte estão sendo chamadas a reavaliar procedimentos de segurança para evitar tragédias semelhantes no futuro.
As investigações em ambos os casos continuam e mais informações são esperadas para esclarecer as causas e circunstâncias dessas tragédias. A dor e a solidariedade entre amigos, familiares e a comunidade do paraquedismo seguem, em um momento que destaca a fragilidade da vida e a importância da segurança nas práticas esportivas.
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