No último dia 13 de agosto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou que enviou uma carta convite ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para participar da Conferência das Partes (COP30). Este evento internacional, voltado para debater questões climáticas, está agendado para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano, em Belém, no estado do Pará.
A importância da COP30
A COP30 é uma oportunidade única para o Brasil reforçar seu papel no debate global sobre mudanças climáticas. Com a presença de líderes mundiais, como Donald Trump, espera-se que o evento possa trazer visibilidade para as políticas ambientais brasileiras e abrir espaço para diálogos sobre colaborações no enfrentamento das crises climáticas. A intenção de Lula é mobilizar os principais chefes de Estado para que participem ativamente das discussões.
Resposta de Trump ainda não foi recebida
Durante uma entrevista coletiva online realizada no dia 28 de agosto, o embaixador André Correa do Lago, responsável pela COP30, afirmou que ainda não recebeu uma confirmação ou resposta por parte de Trump em relação ao convite. O Metrópoles consultou o Ministério das Relações Exteriores (MRE) sobre qualquer possível retorno do presidente americano, mas a pasta orientou que a busca por informações fosse feita diretamente com a Embaixada dos EUA, sem sucesso até o momento.
Relação entre Lula e Trump
A relação entre Lula e Trump é marcada por distanciamentos e tensões, especialmente após as atitudes do presidente norte-americano em relação a tarifas comerciais que afetaram o comércio entre os dois países. No mês passado, Lula declarou que pretendia entrar em contato com Trump, mas destacou que o tema da conversa não seria as tarifas, e sim a questão climática. “Eu quero saber o que ele pensa da questão climática”, disse Lula durante uma declaração pública.
Expectativas para o evento
Se Trump confirmar sua presença na COP30, isso poderá abrir novas portas para diálogos que fomentem a colaboração em questões ambientais entre Brasil e Estados Unidos. Historicamente, a participação dos líderes à frente de eventos como a COP30 é essencial para que se estabeleçam acordos e compromissos mais robustos. Sem uma definição clara sobre a presença de Trump, o Brasil terá que se preparar para discutir as políticas climáticas mesmo sem a presença do líder norte-americano, caso a resposta não chegue a tempo.
Os desafios da agenda climática
A importância do evento vai além de um mero encontro; é uma oportunidade para países do mundo todo colaborarem na busca por soluções sustentáveis. O Brasil, liderado por Lula, pretende mostrar sua responsabilidade ambiental e sua disposição para dialogar sobre mudanças climáticas, um tema que afeta a todos, independentemente do país de origem. Além disso, a ausência de Trump — que já retirou os EUA do Acordo de Paris durante seu primeiro mandato — pode ser vista como uma desaceleração das ações climáticas globais, tornando a participação do presidente americano ainda mais relevante.
“Eu não vou ligar pro Trump para [conversar sobre tarifas], porque ele não quer falar. Mas pode ficar certo que eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP”, reiterou Lula, evidenciando seu foco em questões climáticas na conversa.
A COP30 se aproxima e a expectativa é de que, independentemente da resposta de Trump, o evento consiga promover um diálogo produtivo entre os países e uma maior consciência sobre a urgência do combate às mudanças climáticas.
Por enquanto, só o tempo dirá se Trump aceitará o convite de Lula e como essa decisão poderá impactar a dinâmica do evento e, consequentemente, as futuras negociações sobre clima entre os dois países.
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