Mais de 15.000 jovens católicos da Costa do Marfim e da África Ocidental viveram um grande momento de fraternidade e partilha em torno de Cristo durante as 6ª Jornadas Nacionais da Juventude, que terminaram no domingo, 24 de agosto, na Basílica de Nossa Senhora da Paz, em Yamoussoukro. Superando barreiras políticas, esses jovens se comprometeram a atuar como artesãos de paz e construtores de pontes entre diferentes povos.
Encerramento inspirador das Jornadas
A edição de 2025 das Jornadas Nacionais da Juventude (JNJ) da Costa do Marfim se destacou pela forte mensagem de união e esperança. A missa de encerramento foi presidida pelo Cardeal Ignace Dogbo Bessi, que exortou os jovens a respeitarem seus potenciais e a se focarem na construção de um futuro melhor. “Vós sois tesouros para vós mesmos, vossas famílias e vossos países!”, afirmou o arcebispo de Abidjan, incentivando os presentes a permanecerem firmes em sua fé e a se afastarem de caminhos que os distanciam de Jesus.
O evento teve também a participação de cerca de 180 peregrinos de diversos países da região, como Burkina Faso, Benin, Guiné, Libéria, Mali, Níger, Togo, Senegal e República Democrática do Congo, que se uniram aos jovens católicos da Costa do Marfim em suas reflexões e orações.
“A nossa fé em Cristo é mais forte que as nossas divisões”
O espírito de fraternidade foi evidenciado nas palavras de Jean Florentin Hountondji Ouesseini, da arquidiocese de Niamey, no Níger. “Cada encontro, cada sorriso, cada momento de oração partilhado fez-me compreender que o amor de Cristo é mais forte do que as nossas divisões”, refletiu. Para ele, as JNJ foram uma verdadeira oportunidade de fortalecer os laços entre jovens de diferentes origens. “Temos uma missão a cumprir: sermos mensageiros do Evangelho e, ao mesmo tempo, artesãos da paz na África Ocidental”, concluiu Florentin.
O sacerdote burquinense Padre Paul Frédéric Ouedraogo também elogiou a participação entusiástica dos jovens, destacando a importância de movimentos como as Jornadas Nacionais da Juventude para promover a união espiritual e a reconciliação na sub-região.
Promover a criação de estruturas de socialização e fraternidade
O Padre Sawadogo ressaltou a necessidade de iniciativas que ajudem os jovens a se tornarem instrumentos de paz. “A Igreja deve criar ambientes que promovam o encontro e a comunhão entre os jovens da sub-região”, defendeu ele, enfatizando que eventos como as JNJ contribuem para quebrar barreiras políticas e construir um futuro melhor.
Com esta visão de futuro, os cerca de vinte jovens do Togo presentes nas JNJ manifestaram sua animação em emular o modelo costa-marfinense em suas futuras Jornadas Nacionais da Juventude. Anoumou Kouassi Rodolphe, responsável pela juventude católica togolesa, chamou a atenção para a qualidade dos ensinamentos e da convivência vivida durante o evento.
Balanço satisfatório e perspectivas para o futuro
Ao final das Jornadas, o Padre Franck Yapi, Presidente do Comité Organizador Nacional, expressou sua satisfação com o ocorrido. “Observamos que os jovens foram convocados a permanecer na Igreja e a substituírem os vícios por virtudes. Nossa esperança é que surja uma juventude comprometida com Deus e com a sua Igreja”, afirmou Yapi. Ele também propôs a criação de uma capelania nacional para garantir um acompanhamento pastoral mais eficaz dos jovens católicos.
Os líderes da Igreja na Costa do Marfim, ao encerrar esta edição, já convidaram todos os jovens para a próxima JNJ, que ocorrerá em 2028 na Diocese de Grand-Bassam, prometendo assim dar continuidade à construção de uma juventude unida e comprometida com a paz e a solidariedade na África Ocidental.
As Jornadas Nacionais da Juventude se firmaram como um verdadeiro espaço de diálogo, paz e fraternidade, propagando um espírito de esperança que se reflete nas ações desses jovens em suas comunidades.