Brasil, 28 de agosto de 2025
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Líderes religiosos são convocados a promover a paz e a justiça

Durante cúpula em Kuala Lumpur, cardeal Koovakad enfatiza a responsabilidade das religiões na resolução de conflitos.

Na segunda Cúpula Internacional de Líderes Religiosos, realizada em Kuala Lumpur, Malásia, o cardeal George Jacob Koovakad, prefeito do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso, destacou a urgente responsabilidade dos líderes religiosos em criar um mundo melhor e mais justo. Em uma sociedade marcada pela violência e pela injustiça, ele exortou a não se permitir “descansar serenamente” diante do “grito de uma humanidade ferida”, enfatizando que “a fé nunca deve ser uma arma”.

O papel vital dos líderes religiosos

O evento, que reúne líderes de diversas tradições religiosas, discutiu a temática “O papel dos líderes religiosos na resolução de conflitos”. Koovakad, em seu discurso, afirmou que “estamos interligados e somos interdependentes”, levando os líderes a reconhecer que “nenhuma nação, religião ou líder pode enfrentar sozinho os desafios atuais”. Ele pediu uma colaboração mais efetiva entre governos, sociedade civil e mídia, assim como um maior respeito pelas vozes muitas vezes ignoradas, como as de mulheres, crianças e jovens.

O cardeal enfatizou que a ação dos líderes religiosos deve incluir o enfrentamento das causas que geram conflitos, como a pobreza, a desigualdade e a injustiça social. “Levantar a voz contra a violência e a injusta discriminação é uma necessidade imperativa”, destacou Koovakad, chamando todos a serem “vozes de paz e não de violência”.

Contribuições para a paz e a justiça

Dentre as maneiras que os líderes religiosos podem contribuir para a resolução de conflitos, Koovakad pontuou três principais abordagens. A primeira é a clara definição de que os líderes nunca devem incitar o ódio e devem sempre buscar soluções pacíficas. Ele lamentou que, historicamente, a religião foi muitas vezes utilizada para justificar ações violentas, mas ressaltou que as verdadeiras raízes dos conflitos são, em geral, sociais e econômicas, e não meramente religiosas.

O prefeito reconheceu que, em algumas ocasiões, líderes de diversas tradições espirituais perpetuaram a violência e a discriminação, mas insistiu que a verdadeira natureza da fé deve ser a cura e a reconciliação. “A religião tem um poder único de curar feridas”, disse ele. Ele propôs um enfoque que priorize a recuperação das relações humanas através da compaixão e do perdão.

A urgência da cura e do diálogo inter-religioso

Em seu discurso, Koovakad reiterou a importância do diálogo inter-religioso como uma ferramenta essencial para a diminuição da desconfiança e do extremismo que marcam nosso tempo. Ele citou exemplos de iniciativas que promovem a paz, como o Documento sobre a “Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Coexistência Comum” e ações que buscam unir diferentes tradições espirituais em prol da justiça e da compreensão mútua.

“Devemos ter a coragem de derrubar as velhas barreiras e parar de construir novas”, enfatizou, sugerindo que novas pontes de solidariedade sejam criadas para fortalecer os laços humanos e promover um entendimento mais profundo entre as diferentes culturas e religiões. “O diálogo é um caminho essencial para curar as feridas da humanidade e trabalhar juntos pela paz”, concluiu.

Reflexões finais

Na conclusão de suas palavras, o cardeal Koovakad instou os líderes a se lembrarem de suas responsabilidades e da importância de agir com coragem e compaixão em face das dificuldades que a sociedade enfrenta. “A verdadeira paz começa com o cuidado e a cura das feridas íntimas da humanidade. Somente quando nossos corações estiverem curados, poderemos viver em um mundo de paz”, afirmou, deixando uma mensagem poderosa sobre a importância de ações concretas e dialogadas em prol de um futuro mais harmonioso.

O evento em Kuala Lumpur simboliza um passo significativo para unir vozes em prol da paz e do diálogo, refletindo a necessidade urgente de que líderes de todas as crenças se unam na promoção de um mundo melhor, respeitando e cuidando da dignidade de todos os seres humanos.

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