A Bain Capital, fundo de private equity dos Estados Unidos, retomou as conversas com José Seripieri Filho, o Júnior, sobre a aquisição de uma participação na Amil, segundo duas pessoas próximas ao processo. Essa abordagem ocorre após uma disputa entre investidores pelo controle da operadora, avaliada em R$ 11 bilhões, que Júnior venceu em 2023.
Reencontro da Bain Capital com a Amil
Ao longo de 2024, a Bain chegou a fazer uma oferta pela maioria da operadora, mas foi rejeitada por Júnior, que preferiu manter o controle. Desde então, a Amil passou por uma reestruturação liderada por ele, obtendo um lucro de R$ 700 milhões em 2024, após registrar prejuízo operacional de R$ 1,6 bilhão no ano anterior, quando ainda era controlada pela UnitedHealth.
Segundo fontes, a Bain, que participou de outras tentativas anteriores, não especificou detalhes de sua nova abordagem, mas o empresário estaria mais aberto a discutir a venda de uma fatia na companhia.
Foco em ativos internacionais e estratégias de expansão
Entretanto, Júnior estaria atualmente mais interessado em oportunidades de aquisição de ativos de saúde da UnitedHealth em outros países da América Latina. Segundo informações, ele concentra seus esforços na avaliação de potenciais negócios na região, incluindo operações na Colômbia e no Chile, que, segundo a Reuters, avaliam a venda dessas subsidiárias por pelo menos US$ 1 bilhão.
Atividades internacionais em avaliação
A UnitedHealth, avaliada como uma das maiores seguradoras do mundo, tem sido alvo de propostas de investidores interessados na venda de subsidiárias na América Latina. No momento, o nome da Amil não figura entre os postulantes, apesar de o processo de venda estar em andamento e envolver, pelo menos, quatro propostas firmes, com assessoria do banco BTG Pactual.
Reações do mercado e próximos passos
A coluna tentou contato com a Amil, mas a empresa não respondeu aos pedidos de comentário até o momento. A possibilidade de venda de uma participação na operadora e a disputa por seus ativos remetem a um cenário de mudanças no setor de saúde, com impacto potencial para o mercado e para os consumidores.
Especialistas indicam que, embora a atenção de Júnior esteja voltada para negócios internacionais, a movimentação do fundo americano sinaliza um interesse contínuo na companhia, que deve ser avaliada nos próximos meses à medida que as negociações avançam.
Fonte: O Globo