Brasil, 28 de agosto de 2025
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Vantagem de Paes para 2026 faz Castro buscar pacto de não agressão

Governador Cláudio Castro reavalia estratégia política diante do crescimento de Eduardo Paes nas pesquisas de intenção de voto.

Em um cenário político cada vez mais dinâmico no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) se vê diante de um desafio: como lidar com o crescimento de Eduardo Paes (PSD) nas pesquisas para as eleições de 2026? Diante da possível candidatura de Rodrigo Bacellar (União) ao governo do estado minguando, Castro e seus aliados do Centrão começaram a recalcular suas rotas. O reavaliação estratégica busca fortalecer sua barganha nas negociações futuras e minimizar os efeitos da popularidade de Paes.

Clima de informalidade e acordos em pauta

Recentemente, em uma conversa informal no Palácio Laranjeiras, Castro e Paes discutiram a possibilidade de um “pacto de não agressão”. Esta proposta visa evitar ataques mútuos até que o cenário eleitoral de 2026 se torne mais claro. Durante o encontro, que ocorreu em meados de agosto e incluiu doses de uísque, os dois políticos puderam se despir das tensões passadas, especialmente considerando os ataques pessoais que ocorreram durante a eleição municipal de 2020, onde Paes chegou a classificar Castro de “frouxo”.

Apolitica nacional e sua influência local

A influência que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, poderia ter na disputa eleitoral no Rio de Janeiro é um ponto que preocupa Castro. Com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, apoiando Tarcísio, há uma expectativa de que Paes também adote um posicionamento mais neutro na arena nacional. Atualmente, Paes é um forte apoiador do presidente Lula, mas sua associação com Lula em um estado onde o petista possui 62% de desaprovação pode representar um grande risco para sua candidatura, segundo a última pesquisa da Quaest.

Estratégias do Centrão e novos candidatos

Além das movimentações entre os principais candidatos, os partidos do Centrão estão cogitando novas alternativas para as eleições estaduais. Após ver sua ideia de candidatura ao governo diminuir, Bacellar e o Centrão estão explorando novas alianças. A federação formada por PP e União há rumores de que pode compor com Paes, enquanto o PL pode lançar um candidato mais radical apenas para marcar posição, priorizando a eleição de senadores no Rio, que tem sido visto como um bastião do bolsonarismo.

Enquanto isso, a possibilidade de novos nomes para a disputa começou a surgir. Há especulações sobre o prefeito de Belford Roxo, Márcio Canella, pelo União, e Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, pelo PP. No entanto, muitos têm um ceticismo em relação a essas candidaturas, visto que podem servir mais como uma forma de forçar uma negociação futura com Paes do que uma real intenção de disputar.

O poder da aliança e suas consequências

Para Paes, conquistar o apoio do Centrão e de outros partidos pode ser a chave para ampliar suas alianças e garantir uma estratégia de campanha sólida. Isso também traria um aumento significativo no tempo de propaganda eleitoral na TV, crucial para uma eleição competitiva no estado. Ele precisa evitar uma coligação que seja predominantemente de centro-esquerda, uma vez que as dynamicas político-regionais são diferentes em comparação com a disputa municipal, onde já obteve sucesso ao ser reeleito no primeiro turno.

O cenário nas pesquisas

Em um cenário onde a disputa já começa a se desenhar, a pesquisa Genial/Quaest da semana passada revelou que Paes já conta com 35% das intenções de voto, superando todos os outros candidatos combinados. Rodrigo Bacellar aparece com apenas 9% e Washington Reis (MDB), com 5%. Isso evidencia não apenas a atual força de Paes, mas também a fragilidade de seus concorrentes, levando políticos como Castro a reconsiderar estratégias e parcerias.

Com a corrida eleitoral se intensificando, tanto Castro quanto Paes precisam encontrar um equilíbrio que poderá moldar o futuro político do Rio de Janeiro. As alianças, ataques e estratégias de campanha definiram o cenário até agora e continuarão a ser um fator determinante até 2026.

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