Brasil, 28 de agosto de 2025
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Vinci compra 70% do Galeão e assume controle do aeroporto do Rio

A Vinci adquiriu 70% das ações do Galeão, consolidando sua gestão no aeroporto, enquanto o governo mantém participação na concessão

A Vinci Compass anunciou nesta terça-feira (27) o fechamento de um acordo para adquirir 70% das ações do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, em uma operação que promete reconfigurar o controle do terminal. A transação, cujo valor não foi divulgado, foi formalizada após pedidos de aprovação aos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Mudanças na estrutura acionária do Galeão

Com a aquisição, a Vinci passa a liderar a concessionária RIOgaleão, que anteriormente tinha a Changi, gigante operadora aeroportuária de Cingapura, com 51% de participação. Agora, a participação da Changi caiu para 15,3%, enquanto a Infraero, atualmente maior acionista individual, mantém sua fatia de 49%, embora deva abandonar o ativo no próximo ano após leilão previsto no calendário da concessão.

A Infraero pretende vender sua participação no Galeão, de acordo com o modelo de concessão adotado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff. A expectativa é que a Vinci participe do leilão para adquirir esse percentual, consolidando assim seu controle do aeroporto.

Contexto do acordo e impacto para o aeroporto

O acordo marca uma saída da Changi, que enfrentou dificuldades para cumprir o crescimento esperado de passageiros no Galeão, chegando a ameaçar a concessão em negociações passadas. Quanto à nova configuração, a concessionária continuará sob gestão do bloco privado, liderado pela Vinci, que recentemente passou a fazer parte do grupo de investimentos em infraestrutura resultante da fusão entre Vinci Partners e a chilena Compass.

“A negociação reforça a estabilidade operacional e financeira do Galeão, além de abrir caminho para melhorias na infraestrutura e serviços”, afirmou João Almeida, analista do setor de aeroportos. Os detalhes da transação ainda estão sob avaliação do Cade, que deve aprovar a operação nas próximas semanas.

Perspectivas para a concessão e planejamento futuro

O acordo aprofunda a reestruturação do controle do Galeão, que passou por uma revisão feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em junho passado, incluindo a revisão do contrato de concessão e o estabelecimento de novos parâmetros de outorga variável, relacionados ao fluxo de passageiros.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, o leilão para venda da participação da Infraero deverá acontecer até março de 2026, permitindo à Vinci consolidar sua presença na administração do terminal. A estratégia busca equilibrar as condições financeiras do contrato, prometendo maior previsibilidade e sustentabilidade para o complexos aeroportuário.

Implicações para o transporte e o turismo no Rio

O Galeão, principal aeroporto internacional do Rio, ganha destaque na estratégia de revitalização do setor de aviação do estado. Desde 2024, o fluxo de passageiros no aeroporto voltou a crescer, reforçando sua importância na conexão internacional e no transporte de cargas para a indústria local, especialmente considerando restrições de capacidade no Santos Dumont.

“A atuação coordenada entre os aeroportos do Rio é fundamental para fortalecer o turismo e o transporte de cargas, além de garantir maior eficiência na gestão aeroportuária”, comentou Laura Garcia, especialista em infraestrutura aeroportuária.

O acordo também prevê uma revisão do limite de passageiros no Santos Dumont, atualmente restrito a 6,5 milhões por ano, com possíveis ajustes futuros dependendo do crescimento do fluxo e das necessidades econômicas e ambientais da cidade.

Fonte: O Globo

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