Em um balanço divulgado nesta quarta-feira (27), a Sabesp apresentou resultados positivos em sua gestão, um ano após a privatização. Segundo o presidente da companhia, Carlos Piani, houve uma redução de 23% nos vazamentos visíveis de água registrados pela população desde a mudança de controle.
Redução de vazamentos e melhorias na operação
Dados da empresa indicam que o número de vazamentos caiu de 38 mil registros no 2º trimestre de 2024 para 29 mil no mesmo período de 2025. Além disso, o tempo médio para reposição de pavimento após intervenções foi reduzido de 7 para 4 dias úteis, uma queda de 42%, o que demonstra uma melhora na eficiência do serviço.
Investimentos e metas de expansão
Desde julho de 2024, quando o governo paulista vendeu 32% do capital da Sabesp, a companhia investiu R$ 10,6 bilhões, conforme informações apresentadas na reunião. A nova acionista de referência, a Equatorial, adquiriu 15% das ações que estavam na mão do Estado, enquanto 17% foram negociados no mercado.
Conexões de água e esgoto em alta
O plano da Sabesp inclui a realização de 100 mil novas conexões de água e esgoto por trimestre, com previsão de atingir 240 mil domicílios conectados até o final deste trimestre. Entre janeiro de 2024 e junho de 2025, foram atendidas 158,5 mil residências, o que representa 74% da meta para 2025. Piani afirmou confiar que a coleta de esgoto atingirá a meta até setembro, e confirmou que as metas de água já foram superadas neste ano.
A expectativa da companhia é que o número de conexões cresça 2,5 vezes nos próximos 18 meses, atingindo 408 mil novas ligações. No entorno da Represa Guarapiranga, uma das áreas prioritárias de atuação, 158,5 mil residências já foram conectadas à rede de água e esgoto, e o número deve mais do que dobrar até o fim de 2025.
Desafios e investimentos futuros
Apesar dos avanços, Piani admitiu que ainda há problemas pontuais na operação, mas ressaltou que o balanço geral mostra uma melhora constante no serviço após a privatização. Os investimentos previstos para 2025 totalizam R$ 1,9 bilhão, destinados a obras em andamento que ampliarão a capacidade de abastecimento em 1.220 litros por segundo e o tratamento de esgoto em 76%, passando de 25 mil para 44 mil litros por segundo.
A projeção da Sabesp é reduzir em 10 bilhões de litros por mês o volume de esgoto não tratado até dezembro de 2025, equivalente a 4 mil piscinas olímpicas mensais que deixam de ser lançadas no meio ambiente sem o devido tratamento.
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