Brasil, 28 de agosto de 2025
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Exposição ao calor extremo pode acelerar envelhecimento, aponta pesquisa

Estudo revela que temperaturas elevadas constantes estão ligadas ao envelhecimento acelerado e aumento de vulnerabilidade à saúde

Pesquisadores descobriram que a exposição frequente a ondas de calor extremo pode fazer o corpo envelhecer mais rapidamente, além de aumentar a vulnerabilidade a problemas de saúde. O estudo, publicado em 26 de agosto na revista Nature Climate Change, analisou dados de quase 25 mil pessoas em Taiwan ao longo de 15 anos.

Impacto do calor na saúde e envelhecimento

A análise mostrou que, a cada aumento de 1,3°C na temperatura acumulada, o envelhecimento biológico das pessoas aumentou entre oito a doze dias. Indivíduos expostos a mais ondas de calor e que realizam trabalhos manuais, sobretudo em áreas rurais, foram os mais afetados segundo os pesquisadores.

Como o estudo foi conduzido

Os cientistas avaliaram exames médicos que medem funções do fígado, pulmões e rins, além de pressão arterial e inflamação, para determinar a idade biológica de cada participante. Eles cruzaram esses resultados com os locais onde as pessoas moravam até dois anos antes das consultas, relacionando as temperaturas dessa época ao envelhecimento observado.

De acordo com Cui Guo, epidemiologista na Universidade de Hong Kong e autor principal do estudo, “embora o impacto individual pareça pequeno, em escala populacional, esses efeitos podem representar um grande risco à saúde pública”.

Calor extremo e mudanças climáticas

O aumento das ondas de calor está diretamente relacionado às mudanças climáticas, que tornam eventos climáticos extremos mais comuns ao redor do mundo. Em 2024, o ano mais quente já registrado, as temperaturas continuaram a subir, ultrapassando os recordes de 2023.

Um estudo do Climate Central demonstrou que 88% das 247 maiores cidades dos EUA tiveram maior número de dias extremamente quentes desde 1970. As projeções indicam que o aquecimento global deve persistir, com uma chance de 70% de que a média de temperaturas entre 2025 e 2029 ultrapasse 1,5°C, segundo a Organização Meteorológica Mundial.

Perspectivas futuras e a urgência de soluções

Especialistas destacam que, à medida que as temperaturas continuam a subir, é fundamental criar estratégias eficazes para combater o calor extremo. A adaptação, como o uso de ar-condicionado de forma eficiente e melhorias na infraestrutura urbana, será crucial para mitigar os impactos na saúde pública.

Segundo os autores do estudo, ações coordenadas podem reduzir os efeitos do clima sobre o envelhecimento e outros riscos à saúde, reforçando a importância de políticas globais de combate ao aquecimento global.

Para mais informações, acesse a reportagem completa em TIME.

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