No ano em que deve entrar no Hall da Fama do Rock, Jack White voltou a se posicionar contra Donald Trump, desta vez com uma longa e contundente postagem no Instagram. O músico de 49 anos criticou duramente a transformação do Escritório Oval, que agora está coberto de decoração dourada, e chamou o ex-presidente de “conman” incapaz de confiar nos códigos nucleares.
O ataque de Jack White ao visual ostentoso da Casa Branca
Em 19 de agosto, White publicou uma série de fotos da nova decoração da residência presidencial e comentou: “Olhem como Trump transformou o histórico Escritório Oval. Agora parece uma sala de lutador de wrestling, vulgar e dourada demais”. Segundo ele, a mudança reflete um “gosto repulsivo” e uma tentativa de exibir poder através do ostentamento, oferecendo também uma crítica à cultura de exibicionismo do ex-presidente.
“Não vejo essa ostentação como algo de um verdadeiro líder. Ele é um conman, não um estadista”, afirmou Jack, que ainda brincou dizendo que a decoração de ouro poderia ter uma Bíblia dourada ao lado de sapatos dourados de Trump. Para o músico, a transformação é uma “vergonha na história americana”.
Resposta da Casa Branca e reação do artista
Após a viralização do post, a porta-voz da Casa Branca, Steven Cheung, tachou Jack de “um perdedor que tem tempo demais e vive de memórias de uma carreira que já passou”, segundo reportagem do The Daily Beast. Em contrapartida, Jack rebateu em uma resposta detalhada na mesma rede social, publicada em 20 de agosto.
Na postagem, o músico afirmou que sua crítica não foi a Trump propriamente, mas ao “fascismo descarado” que ele acredita estar sendo encoberto pelo visually ostentoso. “Nunca pensei que uma decoração suja de ouro fosse motivo para uma resposta tão infantil. É uma demonstração de fraqueza e insegurança”, escreveu, reforçando: “Quando a história olhar para essa administração, vai ver uma vergonha, uma mancha na história mundial”.
Repercussão e posicionamentos de figuras públicas
Com uma carreira marcada por opiniões fortes, Jack White recebeu apoio de diversas celebridades como Patton Oswalt, que comentou: “Você tocou num nervo importante. Eles não fazem declarações assim ante uma tragédia”. Beverly D’Angelo também apoia, dizendo que Jack dá voz a quem não consegue se expressar.
Esse posicionamento não é novidade para o guitarrista. Em 2024, ele e Meg White entraram com uma ação contra o uso da música “Seven Nation Army” na campanha de reeleição de Trump, embora depois tenham desistido do processo, conforme reportado pelo The Guardian.
Jack aponta os perigos do autoritarismo e do fascismo
Numa postagem de 6 de novembro de 2024, após a vitória de Trump, o músico não poupou críticas, afirmando que o ex-presidente representa uma ameaça global, continuando uma linha de posicionamento político que inclui críticas à política de imigração, direitos civis e ambientais. “Ele está destruindo a democracia a cada dia. O povo americano escolheu, e agora vai colher os frutos dessa escolha”, escreveu.
Comparando Trump a um ditador, Jack ainda citou Theodore Roosevelt: “Quando assistimos ao que ele faz, sentimos como se estivéssemos revivendo os piores momentos da história mundial”.
Expectativas e posicionamento público
Atualmente esperado para ser introduzido no Hall da Fama do Rock, Jack White reforça seu compromisso com posições de justiça social e liberdade de expressão, mantendo a postura crítica contra Trump e suas políticas. Seus comentários geraram forte repercussão na mídia e entre fãs, consolidando sua imagem de artista engajado e ativista.
Enquanto isso, a discussão sobre o estado da democracia americana permanece acesa, com figuras públicas como Jack White defendendo a necessidade de resistência frente ao que consideram um período de retrocesso e autoritarismo.