Após quinze anos, decidi assistir novamente a “Hannah Montana: The Movie”, uma lembrança querida da infância, e minha percepção mudou drasticamente. O que parecia inocente e divertido na juventude agora revela uma produção repleta de detalhes inesperados, personagens questionáveis e referências que só fazem sentido como adulto.
Momentos hilários e detalhes que passaram despercebidos
Quem se esquece do coconut caindo na cabeça da Hannah em meio a um videoclipe? Essa cena com remix havaiano foi totalmente desnecessária, mas adorável na sua estranheza. Além disso, o cameo de Tyra Banks, tão típico dos anos 2000, reforça aquele clima de drama exagerado, especialmente na cena da briga por sapatos — Tyra, rainha das dramáticas batalhas de moda.
Outra surpresa foi perceber que Lilly celebra 16 anos na história, mesma idade da personagem na série, o que não faz sentido cronológico, já que na trama original ela tinha uma idade diferente. E o que falar do Oswald, o repórter de tabloide que é insuportavelmente chatinho? Ele é aquele típico personagem de drama que, mesmo perigoso, consegue ser irritante ao ponto de querer que desapareça.
De amores de infância a críticas adultas
Crushes e protagonistas que envelheceram
Travis, o crush da juventude, continua tão encantador quanto antes, e é impossível não admirá-lo por sua lealdade e maturidade. Miley e Travis trocando aquele beijo é o ápice da fofura — só que, refletindo com olhos de adulto, questiono por que a revelação do segredo da identidade de Hannah é tão absurda. Afinal, se toda cidade vai descobrir, qual o sentido da privacidade?
Cameos e referências que marcam época
O filme traz uma série de participações especiais, incluindo Taylor Swift, numa performance icônica de “Crazier”, com o visual de era country que marcou seu começo. E há uma conexão surpreendente: uma das filhas de Oswald é vivida por Natalia Dyer, de “Stranger Things”. Essas referências criam uma ponte moderna, que mistura nostalgia e atualidade.
A visão adulta sobre personagens e cenas
Lorelai, por exemplo, aparece como uma personagem cheio de opiniões e críticas, que sofre o típico conflito com Miley, muitas vezes exagerado. O papel de Jackson, que sempre se envolve em situações caóticas com animais, é tão engraçado quanto bizarro, inclusive com uma sequência de cenas com animais diferente — avestruz, jacaré, furão — algo bem à moda Jackson.
Outro destaque é a trilha sonora, que mantém sua força com músicas como “Butterfly Fly Away” e “The Climb”, que continuam tocando o coração. Apesar do enredo cheio de pontas soltas — como a revelação do segredo e o motivo pelo qual Miley revela sua identidade ao mundo — o filme consegue entregar momentos de nostalgia e diversão, mesmo com as críticas que só aparecem na fase adulta.
Reflexões finais e expectativa pela continuação
Enquanto espero por uma possível comemoração dos 15 anos, fico pensando: a mistura de nostalgia com críticas adultas faz de “Hannah Montana: The Movie” uma experiência totalmente diferente de tudo que lembrava. E para quem foi fã na infância, uma nova oportunidade de enxergar a história com outros olhos, repleta de detalhes que só um adulto consegue perceber.
Enquanto isso, a minha dúvida permanece: quem será o melhor namorado de Miley? Jake, Jesse ou Travis? Deixe sua opinião nos comentários e confira as redes do BuzzFeed para mais releituras divertidas!