Brasil, 28 de agosto de 2025
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Trump faz declarações alarmantes sobre autismo e teorias não comprovadas

Durante reunião de gabinete, ex-presidente Donald Trump levantou hipóteses sem embasamento científico sobre as causas do autismo

O ex-presidente Donald Trump voltou a provocar polêmica ao discutir as possíveis causas do autismo durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira. Trump sugeriu que a condição pode ter origens artificiais, como o uso de medicamentos, sem apresentar evidências concretas.

Declarações de Trump sobre o autismo e teorias não fundamentadas

Na reunião, Trump afirmou: “Tem que haver algo artificial causando isso, como um remédio ou algo assim”. Ele pediu ao secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., que investigasse urgentemente essa hipótese. “Espero que venham com uma resposta o quanto antes”, disse o ex-presidente.

Kennedy, conhecido por suas posturas antivacina, reforçou essa narrativa ao afirmar que fatores “quase certamente” contribuem para o aumento de casos de autismo. “Estamos descobrindo intervenções que claramente podem causar autismo, e em breve teremos uma resposta definitiva”, declarou Kennedy, sem respaldo científico.

Posicionamento controvertido e relação com vacinas

Kennedy já afirmou que as vacinas, especialmente as de infância, podem estar relacionadas ao autismo, embora estudos científicos tenham demonstrado que essa ligação não existe. Segundo o National Institutes of Health, o autismo resulta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, sem evidência de causa única relacionada a vacinas.

O envolvimento de Kennedy na questão antivacina é uma das razões pela qual ele gerou controvérsia ao assumir a liderança de uma das principais agências de saúde dos Estados Unidos. Em abril, Kennedy afirmou, sem provas, que a vacina contra o sarampo contém “resíduos de tecidos de fetos abortados e partículas de DNA”, uma declaração desacreditada pela comunidade científica.

Crises de saúde agravadas por desinformação

As declarações de Kennedy tiveram efeito direto na saúde pública, com discussões sobre a volta de doenças controladas, como o sarampo, que já registra mais de mil casos nos EUA. Além disso, em junho, um conselheiro da comunidade científica resignou-se do CDC após Kennedy recomendar a suspensão de recomendações de imunização para gestantes e crianças vulneráveis.

Durante a reunião, Trump também comentou o aumento das diagnósticos de autismo, afirmando: “Talvez já saibamos a causa; estou ansioso por essa conferência de imprensa e por estar com você nesse momento.” Essa afirmação ecoa uma tendência de questionar evidências e promover teorias sem respaldo científico.

Perspectivas e desinformação na saúde pública

Especialistas alertam que as declarações de Trump e Kennedy alimentam a desinformação e representam riscos à saúde coletiva. O aumento nos diagnósticos, segundo estudos, deve-se principalmente à maior conscientização e melhora na capacidade de diagnóstico, e não a fatores artificiais ou causados por vacinas.

O consenso da comunidade científica permanece firme na evidência de que não há relação entre vacinas e autismo. É fundamental basear políticas de saúde em estudos robustos para evitar prejuízos à imunização e ao controle de doenças infecciosas.

Próximos passos e consequências

Kennedy prometeu que apresentará um relatório completo em setembro sobre as causas do autismo, embora especialistas ressaltem a improbabilidade de novas descobertas que contrariem o consenso atual. As ações de figuras públicas com forte influência, como Trump, reforçam a importância de uma comunicação baseada em evidências científicas.

Enquanto isso, a comunidade médica reforça a necessidade de combater a desinformação e esclarecer à população que as vacinas continuam sendo uma das maiores conquistas da saúde pública moderna.

Política, Saúde, Autismo, Vacinas, Desinformação

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