Brasil, 27 de agosto de 2025
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Obamacare ficará mais caro em 2026 devido ao fim dos subsídios

Custos de planos de saúde na ACA vão subir até 75% em 2026, com o encerramento dos subsídios federais e aumento nas tarifas dos seguradores

Quem compra planos de saúde pelo mercado da Lei de Cuidados Acessíveis (ACA) deverá enfrentar um aumento significativo nos custos em 2026, com elevações de até 75% nas despesas de bolso. Isso ocorre devido ao fim dos subsídios federais e ao aumento das taxas cobradas pelas seguradoras, alertam especialistas.

Fim dos subsídios e impacto nos custos

De acordo com análise do KFF, o aumento médio de tarifas proposto pelas seguradoras é de 18% em 2026, mais que o dobro do aumento de 7% registrado no ano passado. Entretanto, o impacto real nos consumidores será ainda maior, uma vez que os créditos fiscais que subsidiam os planos expiram ao final de 2025.

Segundo o Centro de Orçamento e Prioridades Políticas, cerca de 93% dos inscritos no mercado — aproximadamente 19,3 milhões de pessoas — recebiam créditos fiscais, que economizavam em média R$ 3.800 por ano. Para muitos, esses subsídios permitiam pagar menos pelos planos ou até mesmo isenção de custos, dependendo do tipo de cobertura.

Origem e extensão dos créditos fiscais

Os créditos fiscais entraram em vigor em 2021 com o Plano de Resgate Americano e foram estendidos na Lei de Redução da Inflação. Anteriormente, esses benefícios eram acessíveis somente a quem ganhava entre 100% e 400% do limite de pobreza — de cerca de R$ 25.820 a R$ 103.280 para uma família de três pessoas em 2025. Com a ampliação em 2021, passaram a beneficiar também famílias com renda superior a 400% do limite, ampliando o alcance e a cobertura.

O fim dos créditos, que aconteceria em 2025, ameaça reduzir drasticamente a adesão às planos de saúde na ACA. Em 2024, mais de 20 milhões de pessoas estavam inscritas em planos pelo mercado, um aumento dramático em relação às 11,2 milhões de 2021, antes das melhorias nos subsídios.

Consequências para os consumidores

“Com os custos sendo reduzidos pela metade, as pessoas decidiram que valia a pena contratar planos de saúde pelo mercado”, explica Matt McGough, analista de políticas da KFF. “Sem esses incentivos, muitas podem reconsiderar a adesão ou optarem por planos mais econômicos, se for o caso.”

Especialistas alertam que as seguradoras estão solicitando os maiores reajustes desde 2018. Cada ano, elas enviam propostas de aumento para as autoridades estaduais, e a análise de 312 seguradoras em 50 estados e no Distrito Federal aponta para uma elevação considerável nas tarifas que passarão a valer em 2026.

Perspectivas futuras

A expectativa é de que os custos elevados façam com que muitos consumidores deixem de adquirir planos pelo mercado ou busquem alternativas diferentes, potencialmente prejudicando a adesão às políticas de saúde pública. O fim das ajudas financeiras terá impacto direto na acessibilidade ao sistema de saúde nos próximos anos.

Para saber mais, consulte o relatório da KFF ou acompanhe os anúncios das autoridades regulatórias estaduais sobre os reajustes e novas regras para os planos de saúde em 2026.

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