Brasil, 27 de agosto de 2025
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Juros do consignado ao setor privado ficam em 3,75% ao mês em julho

Taxa média de juros do crédito consignado com garantia do FGTS cai marginalmente em julho, atingindo 3,75% ao mês, aponta Banco Central

A taxa média de juros do crédito consignado ao setor privado, com garantia do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), foi de 3,75% ao mês em julho, conforme dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quarta-feira (27). O valor representa uma ligeira queda em relação a junho, quando a taxa registrada foi de 3,79% ao mês.

Comparação com outras linhas de crédito e tendências de juros

Mesmo com a redução marginal, o juros do consignado ao setor privado ainda permanecem cerca de duas vezes maiores do que as taxas praticadas no crédito com desconto em folha para aposentados (1,82% ao mês) e servidores públicos (1,85% ao mês) no mesmo período. Para o crédito pessoal não consignado, a taxa média ficou em 6,14% ao mês, enquanto o cheque especial atingiu 7,33% ao mês e o cartão de crédito rotativo marcou 15,21% ao mês.

Ranking do Banco Central e variações de juros entre instituições financeiras

O Banco Central divulga um ranking, com variações de taxas praticadas pelos bancos entre os dias 7 e 13 de agosto, que variam de 1,15% a 6,88% ao mês. É importante destacar que as taxas médias apresentadas pelo BC não garantem o valor final do juro para o trabalhador, uma vez que a análise de risco, incluindo garantia, tempo de trabalho e histórico de crédito, influencia o valor concedido.

Ausência de teto definido e perspectivas futuras

No momento, ainda não há teto para os juros do novo crédito consignado ao setor privado. As instituições financeiras estabelecem livremente as taxas, que podem ser influenciadas pela garantia do FGTS, defendida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) como uma forma de manter os juros baixos. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou que, caso o sistema financeiro abuse das taxas, o governo poderá estabelecer um limite de juros no futuro.

Nova linha de crédito e regulamentações

O Crédito do Trabalhador, lançado oficialmente em 21 de março, é a nova linha de crédito com garantia do FGTS, que permite a utilização de até 10% do saldo do fundo como garantia e até 40% da multa rescisória na demissão sem justa causa. As parcelas são descontadas automaticamente do salário do trabalhador, facilitando o acesso ao crédito sem necessidade de acordo com o empregador, algo que antes travava as liberações.

Desde o lançamento, cerca de 4 milhões de contratos antigos estão em processo de migração para o novo formato, previsão de conclusão até novembro, quando a garantia de até 10% do FGTS e 40% da multa passar a valer oficialmente. A partir dessa data, o trabalhador que for demitido poderá usar esses recursos para quitar dívidas e optar por portabilidade para instituições com taxas mais vantajosas.

Facilidades de contratação pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital

O Ministério do Trabalho informa que a busca pelo crédito pode ser feita pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, que permite ao trabalhador solicitar propostas, receber ofertas em até 24 horas e comparar condições de diferentes bancos. O limite de comprometimento mensal fica em até 35% do salário bruto, incluindo benefícios e comissões, além do uso de até 10% do saldo do FGTS e da multa rescisória para garantir o empréstimo.

Se o trabalhador mudar de emprego, o desconto em folha será ajustado pelo novo empregador. Para quem utilizou o Saque-Aniversário do FGTS, não há impedimento para contratar o novo empréstimo consignado, segundo o ministro Luiz Marinho. A operação também é autorizada para empregados rurais, domésticos e de microempreendedor individual (MEI), que antes estavam excluídos.

Ao todo, o programa conta com 70 instituições financeiras habilitadas, e a expectativa é que a operação se intensifique até o final de 2026, quando as regras completas forem regulamentadas e as operações de portabilidade e refinanciamento se consolidarem.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no g1.

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