Ao presenciar a cerimônia de bata branca do filho na Universidade de Chicago, a especialista em cirurgia e pediatria Dana Suskind refletiu sobre a responsabilidade de engenheiros de IA. Assim como médicos, esses profissionais moldam o futuro da saúde, da segurança e do desenvolvimento humano, podendo promover avanços ou causar danos profundos.
A urgência de um juramento para engenheiros de IA
Segundo Suskind, a rápida evolução da inteligência artificial, que potencialmente atingirá inteligência geral em poucos anos, exige uma ética clara. Ela sugere a criação de um “Juramento de Hinton” — em homenagem ao notável pesquisador Geoffrey Hinton — que funcione como um guia moral para quem desenvolve essas tecnologias.
Impacto da IA na saúde e na mente humana
Ela destaca que, assim como na medicina, onde cada intervenção pode alterar conexões cerebrais, as ações da IA também moldam nossas mentes, alterando padrões de atenção e dopamina. “Tecnologias como IA influenciam profundamente nosso funcionamento neurológico e social, muitas vezes sem análise ética adequada”, afirma.
Consequências sociais e ambientais
Além do impacto cerebral, a IA ajudará a definir quem prospera na economia, a moldar leis, sistemas de justiça, políticas ambientais e até a evolução cultural. “São efeitos principais, não secundários”, ressalta Suskind, reforçando a necessidade de diretrizes morais claras.
A responsabilidade de um código moral para a IA
Ela defende que o desenvolvimento responsável da IA, alinhado a princípios éticos rígidos, não visa frear a inovação, mas garantir que ela sirva ao bem coletivo. Assim como na medicina, onde o primeiro princípio é “não causar dano”, o setor de IA também precisa de um compromisso moral, que deve ser formulado e adotado urgentemente.
Perspectivas futuras
A criação e adoção de um juramento ético na área de IA seriam passos essenciais para proteger a sociedade de possíveis riscos e maximizar os benefícios dessa tecnologia que já está remodelando nossas vidas de forma acelerada.
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