No término da audiência geral da última quarta-feira, 27 de agosto, o Papa Leão XIV voltou a clamar pela paz na Terra Santa. O pontífice enfatizou a urgência do fim do conflito em Gaza e a necessidade de um retorno imediato da ajuda humanitária à região. Sua mensagem ecoou as preocupações expressas no dia anterior pelos Patriarcas latino e greco-ortodoxo de Jerusalém, que alertaram sobre as consequências devastadoras da operação militar israelense sobre a população palestina.
Relato do sofrimento e apelo à comunidade internacional
Durante a audiência, o Papa se dirigiu não apenas às autoridades de Israel e da Palestina, mas também à comunidade internacional, pedindo um esforço conjunto para restaurar a paz. “Faço um forte apelo a todos os envolvidos e à comunidade mundial para que ponham um fim a esta violência que causa tanto terror, destruição e morte”, afirmou. O pontífice mencionou o sofrimento dos civis e a situação crítica dos reféns israelenses, aprisionados em meio ao conflito.
Além disso, ele sublinhou a importância do respeito aos direitos civis e aos princípios humanitários, pedindo a libertação dos reféns e que o direito humanitário seja respeitado de maneira plena, enfatizando a necessidade de proteger os civis e evitar punições coletivas.
“Imploro que todos os reféns sejam libertados, que um cessar-fogo permanente seja alcançado, que a entrada segura de ajuda humanitária seja facilitada”, disse o Papa, chamando a atenção para a ausência de assistência aos palestinos necessitados. Ele uniu sua voz ao apelo feito pelos Patriarcas, que na declaração conjunta de 25 de agosto solicitaram a mediação internacional para pôr fim à “mobilização militar maciça” das Forças de Defesa de Israel na faixa de Gaza.
Apelo dos Patriarcas de Jerusalém e a realidade dos civis
Na declaração publicada, os Patriarcas greco-ortodoxo e latino ressaltaram que a continuação do conflito tem levado a um aumento significativo de sofrimento entre os civis. “Nossas igrejas se tornaram refúgios, mas muitos que buscam abrigo enfrentam uma situação de dificuldades extremas, com nutrição deficiente e deterioração da saúde”, destacaram. Este apelo revela a complexidade da situação, que se agrava a cada dia.
Os Patriarcas pediram que a comunidade internacional aja urgentemente para acabar com o que descreveram como “uma guerra insensata e destrutiva” e para garantir o retorno seguro de civis e reféns às suas casas. O difícil papel da igreja como um lugar de refúgio em meio a uma crise tão profunda é evidenciado pelas condições precárias enfrentadas por aqueles que buscam proteção.
Oração pela paz e intercessão de Maria
Encerrando sua mensagem, o Papa Leão XIV exortou os fiéis a se unirem em oração, especialmente à Nossa Senhora, a Rainha da Paz. Ele pediu que todos implorem a Maria, “fonte de consolo e esperança”, que sua intercessão alcance a reconciliação e a paz tão necessária na região. Para o Papa, a oração coletiva é uma força fundamental que pode promover a paz entre os povos.
Na audiência anterior, ele já havia convidado os fiéis a viver um dia de jejum e oração pela paz, criando um espaço de reflexão e esperança frente ao sofrimento que a região atravessa.
Enquanto o mundo se volta para os eventos em Gaza, o chamado do Papa ressoa com um apelo à esperança e à ação. O desejo de paz é premente e necessário, e sua mensagem serve como um lembrete poderoso para que todos nós façamos parte da construção de um futuro mais iluminado pela compaixão e compreensão.
É nosso dever nos unir para orar e buscar a paz, não apenas em Gaza, mas em todas as partes do mundo que sofrem com a guerra e a divisão.