Brasil, 27 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

A ausência de Eduardo Bolsonaro na pesquisa do PL para presidente

A falta do deputado federal Eduardo Bolsonaro na pesquisa do PL sobre 2026 gera revolta entre aliados e levantou questões sobre seu futuro político.

A ausência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na lista de pré-candidatos a presidente, em uma pesquisa encomendada pelo PL focada nas eleições de 2026, provocou uma rebelião no círculo mais próximo de Jair Bolsonaro. Aliados manifestaram publicamente e nos bastidores sua insatisfação com o aparente abandono da direita em relação ao bolsonarismo. A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira, incluiu os nomes de Jair, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Lula, acentuando essa percepção ao mostrar a presença de pré-candidatos da direita, mas sem nenhum bolsonarista.

A crescente rejeição a Eduardo Bolsonaro

Integrantes da cúpula do PL informaram que a razão pela qual Eduardo não foi incluído na pesquisa foi “evitar expor” o filho 03 do ex-presidente, uma vez que sua rejeição cresceu significativamente e a intenção de voto caiu, conforme indicam levantamentos internos do partido e tracking telefônico. Nos levantamentos de junho realizados pela Paraná Pesquisas, Eduardo e seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), já apresentavam uma desvantagem de mais de dez pontos percentuais em relação a Lula no primeiro turno. No segundo turno, a diferença diminuía, mas ainda era o petista que estava à frente numericamente, embora tecnicamente empatados com Flávio e Eduardo.

Eduardo Bolsonaro e sua estratégia de campanha

Eduardo se tornou o deputado mais rejeitado na família Bolsonaro, um efeito claro do chamado “tarifaço” de Donald Trump sobre o Brasil, apoio do deputado e sua imagem nos Estados Unidos, onde se declara autoexilado. Desde que viajou ao estrangeiro em março, ele começou sua campanha contra o Supremo Tribunal Federal (STF) fora do Brasil. A ofensiva política contra o governo e contra estruturas do Judiciário brasileiro, como a inclusão de Alexandre de Moraes entre os alvos da Lei Magnitsky, também é atribuída à sua influência.

A rejeição entre aliados e os bastidores da política

Recentemente, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o dono da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, se tornaram alvos de descontentamento por parte de aliados indóceis de Jair e Eduardo Bolsonaro. Eles expressaram indignação em reuniões e nas redes sociais contra o que consideram um “movimento do sistema” para favorecer Tarcísio. Este movimento é temido por muitos, uma vez que rumores indicam que Tarcísio pode se convergir para o PL caso decida concorrer nas eleições presidenciais de 2026.

Além de seu apoio ao “tarifaço”, a velocidade com que se tramam ações judiciais contra o ex-presidente Bolsonaro e seu eventual impedimento eleitoral preocupam os aliados mais próximos que temem pela continuidade do clã no cenário político. As recentes mensagens capturadas pela Polícia Federal no celular do ex-presidente mostram Eduardo alertando: “a narrativa de Tarcísio te sucedendo, que já há acordo para isto, está muito forte. Precisamos segurar isso para nos mantermos vivos aqui”.

Considerações finais sobre o futuro de Eduardo e Tarcísio

O problema central é que a falta de presença política e apoio entre eleitores a pouco mais de um ano das eleições pode ser um fator fatal para a sobrevivência política do clã Bolsonaro. Em um ambiente onde se discutem alianças e candidaturas, a fragilidade na imagem de Eduardo e as estratégias em torno de Tarcísio indicam um turbulento futuro para todos os envolvidos.

Enquanto isso, o debate sobre quem será o verdadeiro representante da direita brasileira nas próximas eleições se intensifica, com aliados de Bolsonaro em constante busca por manter o clã relevante em meio a um cenário político cada vez mais complicado.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes