Brasil, 27 de agosto de 2025
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Avaliação final na Bacia da Foz do Amazonas pode liberar licença de perfuração

A última etapa dos testes ambientais na área da Margem Equatorial, no litoral do Amapá, avalia segurança para exploração petrolífera pela Petrobras

Nesta quarta-feira (28), deve ser concluída a Avaliação Pré-Operacional (APO) na região da Bacia da Foz do Amazonas, um passo crucial para que a Petrobras inicie a exploração de petróleo na área. A análise visa comprovar a segurança ambiental antes da decisão do Ibama sobre a concessão ou não da licença para perfurar o primeiro poço na região.

Testes finais para liberação de licença na Foz do Amazonas

O órgão ambiental realiza, desde domingo, uma série de testes para garantir a segurança da atividade de exploração na área, localizada a 175 km da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. Essas atividades envolvem simulações de possíveis acidentes, incluindo derramamento de óleo, problemas no BOP (bloco de segurança no topo do poço) e a utilização de robôs submarinos para inspeções.

Operação com 400 profissionais e diversos equipamentos

Participam aproximadamente 400 profissionais em uma operação que conta com 13 embarcações, três aeronaves e dois Centros de Atendimento e Reabilitação de Fauna, um em Oiapoque (AP) e outro em Belém (PA). Esses centros são estruturas de suporte para atendimento a animais marinhos atingidos por possíveis acidentes ambientais, com ambulatórios, salas de estabilização e unidades cirúrgicas.

Importância da região e avanços no processo

Como uma nova fronteira de exploração, a área da Margem Equatorial tem grande potencial para ajudar a Petrobras a repor reservas e compensar o declínio na produção do pré-sal do Sudeste. A execução dos testes finais demonstra a disposição da estatal de cumprir as exigências ambientais e sociais do projeto.

Pontos-chave do exercício de avaliação

O exercício de APO inclui a mobilização de seis embarcações de contenção, um navio sonda e três aeronaves para resgate aeromédico, monitoramento e salvamento de fauna. Além disso, há uma simulação de derramamento de óleo e testes de resposta a incidentes, que vêm sendo cumpridos conforme o planejado.

Desafios e expectativas para a autorização

Apesar das avaliações positivas, o projeto enfrenta resistência. Em maio de 2023, o Ibama negou licença para a perfuração, após parecer técnico que recomendava a rejeição. A Petrobras conseguiu obter uma reconsideração, comprometendo-se com medidas adicionais de segurança. Uma decisão favorável depende da conclusão desta última fase de testes.

Segundo uma fonte envolvida na APO, “todos os testes vêm sendo cumpridos de acordo com o cronograma”. O órgão ambiental aguarda o resultado final para definir os próximos passos, podendo liberar a licença de perfuração pouco tempo após a conclusão da avaliação, como ocorreu em projetos anteriores na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.

Perguntas frequentes sobre a APO

Quais equipamentos serão mobilizados?

  • Seis embarcações de contenção e recolhimento de óleo;
  • Um navio sonda;
  • Três aeronaves para resgate, fauna e monitoramento;
  • Seis embarcações específicas para atendimento à fauna;
  • Dois centros de reabilitação de fauna, em Oiapoque (AP) e Belém (PA).

O que são os Centros de Atendimento e Reabilitação de Fauna?

São unidades que funcionam como hospitais para animais marinhos, com equipes especializadas em atendimento de aves, tartarugas, golfinhos, peixes-boi e outros seres. Os centros estão prontos para atuar em caso de emergência ambiental.

Haverá perfuração durante a teste?

Não. A perfuração só ocorrerá após a emissão da licença pelo Ibama, prevista para após a conclusão dos testes finais.

Haverá simulação de toque de óleo na costa?

Não. Estudos indicam que a chegada de óleo às praias na região é improvável, pois o local de pesquisa está a uma distância considerável da costa e da foz do Rio Amazonas.

Qual o prazo após a APO para a concessão da licença?

O Ibama decidirá os próximos passos e prazos após a avaliação final, podendo liberar a licença rapidamente, como aconteceu em outros projetos na região.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte original.

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