Brasil, 27 de agosto de 2025
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Presidente da CPI do INSS prevê desgastes para governo Lula e Bolsonaro

Senador Carlos Viana, presidente da CPI do INSS, fala sobre investigação e impactos políticos da comissão.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, em uma articulação da oposição. Ele prevê que os desgastes políticos serão inevitáveis tanto para o governo Lula quanto para o governo Bolsonaro, uma vez que a CPI promete investigação aprofundada sobre supostas fraudes na previdência social.

A CPI do INSS e suas implicações políticas

Durante uma entrevista, Viana destacou que a CPI foi criada em um contexto onde a população já previa que não resultaria em nada, mas a intenção dele é justamente inverter essa expectativa. “Queremos uma investigação séria, focada nos fatos e, acima de tudo, com transparência”, afirmou.

A comissão já começou a trabalhar com consenso nos requerimentos e no plano de ação, e nas próximas semanas deverá ouvir funcionários do INSS e advogados envolvidos nas denúncias. O senador deixou claro que seu objetivo é garantir que a investigação não seja apenas uma disputa entre governo e oposição sobre quando as fraudes começaram, mas que busque a verdade dos fatos.

Desgastes inevitáveis para o governo

Viana acredita que os desgastes políticos são uma parte do jogo parlamentar. “Os desgastes para o governo surgirão. Foi no governo Lula que o escândalo foi descoberto. Mas também teremos desgastes para o governo Bolsonaro com a convocação de ministros dele”, enfatizou. Ele se comprometeu a conduzir a CPI de forma a atender aos interesses da população, independente das pressões políticas

Um dos assuntos delicados da comissão é a possível convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente de um sindicato. Viana afirmou que, caso haja comprovação de envolvimento com as fraudes, ele será chamado. “Não faremos isso por motivação política, para agradar a oposição. Se tivermos a comprovação, será convocado”, disse.

Conflitos e articulações no cenário político

O líder da CPI também mencionou que teve conversas com alguns membros do governo, incluindo a ministra Gleisi Hoffmann, que apenas pediram previsibilidade e uma agenda que possibilite articulações. “Esse compromisso está assumido”, acrescentou

O plano de trabalho da CPI envolve um exame amplo que abrange os governos de Dilma, Temer, Bolsonaro e Lula. Viana garantiu que todos os ministros da previdência serão convidados a prestar esclarecimentos sobre o combate às fraudes na previdência social. “A CPI está começando do zero, precisamos ter o nosso arcabouço de provas”, explicou.

A saída de nomes fortes e o fortalecimento da oposição

A saída de figuras proeminentes alinhadas ao governo, como os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros, gera especulações sobre o fortalecimento da oposição. No entanto, Viana acredita que a mudança terá efeito limitado, desde que novos integrantes governistas os substituam. “Muda pouco, se eles forem substituídos por governistas”, comentou.

O cenário é complexo e o desenvolvimento da CPI do INSS promete agitar o ambiente político brasileiro nas próximas semanas. Com uma investigação minuciosa e um enfoque pragmático, Viana espera mudar a percepção da população sobre a eficácia da comissão e garantir que ela cumpra sua função de fiscalização na busca pela verdade.

À medida que o foco se intensifica sobre as fraudes no INSS, a pressão sobre os envolvidos aumentará, e as consequências poderão ser sentidas em ambos os lados do espectro político. O desfecho dessa CPI pode redefinir não apenas a credibilidade das instituições, mas também a dinâmica eleitoral futura no Brasil.

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