Brasil, 27 de agosto de 2025
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Aumento de ameaças falsas de tiroteio assusta estudantes em universidade dos EUA

Alerta de tiroteio envolvendo chamadas falsas gera pânico em campus universitários nos Estados Unidos.

No início do ano letivo, estudantes de diversas universidades dos Estados Unidos enfrentaram momentos de terror devido a uma onda de chamadas falsas relatando tiroteios ativos. As ameaças, que ocorreram em pelo menos uma dúzia de instituições, deixaram muitos alunos em pânico e obrigaram as autoridades a reagirem rapidamente.

Um caso emblemático aconteceu na Universidade de Arkansas, onde Miceala Morano, uma estudante de 21 anos de jornalismo, se escondeu atrás de um painel verde ao receber um alerta de emergência sobre um possível atirador. Em uma ligação angustiante para sua avó, ela disse: “Neste momento, estou segura. Eu te amo.” No entanto, o que começou como uma situação de pânico se revelou ser mais uma das inúmeras chamadas falsas que têm sido feitas a instituições de ensino superior em todo o país.

O pânico nas universidades

A onda de chamadas de emergência começou com denúncias em diversas universidades, incluindo a Northern Arizona University, Iowa State e Kansas State, entre outras. Em muitos casos, as chamadas incluíam sons de tiros, aumentando ainda mais o clima de medo. “Não importa que a ameaça seja falsa, o medo é real”, afirmou Morano, que já havia participado de treinamentos para situações de tiroteio durante sua infância.

A reação no campus foi imediata. Alunos e professores foram orientados a “correr, se esconder e lutar” em casos de emergência, levando muitos a se refugiarem em salas de aula ou sob as mesas, à espera de informações das autoridades. A combinação de uma resposta rápida da polícia e a natureza alarmante das chamadas deixaram a comunidade acadêmica em um estado de tensão extrema.

Impacto psicológico duradouro

O aumento de ameaças de tiroteio, mesmo que sejam falsas, apresenta preocupações significativas sobre a saúde mental dos alunos. O estudante Ryan Scanlon, que vivenciou o pânico gerado por um alerta de tiroteio, relatou o caos que se desenrolou. “Se você já passou por uma situação real, nunca sabe o que pode acontecer a seguir”, disse ele.

Além do estresse imediato, especialistas alertam que tais incidentes podem levar a uma dessensibilização nas próximas emergências reais. Com a normalização de alertas de tiroteio, a preocupação é que os alunos se tornem complacentes em relação a esses alertas, aumentando o risco de consequências sérias em situações verdadeiramente ameaçadoras.

Investigação das chamadas hoax

A FBI está investigando essas chamadas cada vez mais frequentes. Autoridades alertam sobre o potencial de danos não apenas para os alunos, mas também para os recursos policiais, que são direcionados para essas situações de emergência, podendo levar a erros fatais. Um caso em 2017, onde um policial em Wichita, Kansas, atirou e matou um homem durante uma resposta a uma chamada falsa, ilustra a gravidade dessa questão.

Com a tecnologia permitindo a ocultação de identidades por trás de chamadas, os especialistas pedem uma ação mais rigorosa contra os provedores de serviço que tornam essas ações possíveis. “Somente uma aplicação rigorosa contra as operadoras que permitem isso poderá trazer um fim a essa prática”, disse Fred Posner, consultor de telefonia.

Repercussões e segurança futura

À medida que o número de chamadas falsas continua a crescer, o impacto psicológico sobre os alunos e educadores se torna mais evidente. Muitas pessoas, como Mya Norman, uma instrutora de química na Universidade de Arkansas, expressaram preocupações sobre a normalização desse tipo de evento. “A sociedade está tão acostumada a alarmes que pode acabar ignorando um aviso real,” disse ela.

Ao final do dia, o clima de terror cultivado por essas chamadas falsas serve como um lembrete sombrio dos desafios que as instituições de ensino superior enfrentam para garantir a segurança de alunos e funcionários em tempos de incerteza. Em um mundo onde o medo de violência está cada vez mais presente, a luta por medidas de segurança efetivas é mais urgente do que nunca.

Em meio ao pânico, a necessidade de fortalecer a segurança e a confiança nas instituições de ensino se torna crucial, pois a saúde mental dos alunos e a eficácia da resposta a emergências estão em jogo. A situação destaca não apenas o medo do presente, mas também perguntas sobre como será o futuro dos ambientes educacionais.

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