Brasil, 27 de agosto de 2025
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Polícia Federal pede vigilância 24h na casa de Jair Bolsonaro

A PF solicitou ao STF monitoramento integral na residência do ex-presidente, após indícios de possível fuga.

A fiscalização intensa na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro tornou-se um tema central no cenário político brasileiro. Nesta terça-feira, 26 de agosto, a Polícia Federal (PF) apresentou uma solicitação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo que o ex-mandatário seja vigiado 24 horas por dia, com a presença de uma equipe no interior da casa. Esta solicitação é fundamentada em evidências que indicam um potencial risco de fuga, levantadas durante investigações em curso pela PF.

A decisão do Supremo e a recomendação da PF

Em uma decisão anterior, o ministro Moraes determinou que a vigilância fosse feita pela Polícia Penal do Distrito Federal, com o objetivo de monitorar a área ao redor da casa de Bolsonaro, sem que isso implicasse em medidas intrusivas e que pudessem incomodar a vizinhança. Entretanto, a PF argumentou, em um ofício enviado a Moraes, que monitorar apenas nas imediações não seria suficiente para garantir a segurança e evitar um eventual escape do ex-presidente.

Cabe destacar que a PF enfatizou que a utilização de uma tornozeleira eletrônica poderia apresentar falhas, uma vez que este dispositivo depende do sinal de operadoras de telefonia para enviar dados em tempo real. Por esse motivo, a corporação acredita que as medidas propostas não seriam adequadas para evitar uma possível fuga, sugerindo que o acompanhamento deve ser realizado “in loco” e em tempo integral.

Implicações do monitoramento contínuo

Em sua comunicação, a PF deixou claro que o monitoramento constante dentro da residência de Bolsonaro é fundamental para evitar transtornos aos moradores do condomínio onde ele reside. A polícia afirmou que acompanhar as atividades do ex-presidente em tempo integral seria a única maneira de minimizar quaisquer riscos associados a uma possível tentativa de fuga.

“Essas medidas exigiriam o destacamento de diversos servidores para atuarem fisicamente no condomínio e nos seus acessos, não sendo possível realizar com as condicionantes estabelecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR)”, afirma o ofício, traçando um panorama do que seria necessário para garantir a eficácia das medidas de segurança. A PF também ressaltou que a fiscalização atenta deve incluir a verificação de todos os veículos que saíssem do condomínio.

A resposta do STF e o envolvimento da PGR

Após receber o ofício da PF, o ministro Moraes enviou o documento à Procuradoria-Geral da República para que o Ministério Público se manifeste sobre a situação. Essa comunicação entre as instituições jurídicas é crucial para embasar a decisão final quanto ao monitoramento do ex-presidente.

A determinação para aumento da vigilância ocorreu após um pedido do deputado federal Lindbergh Farias (PT), que sugeriu que Bolsonaro estava em processo de planejar sua fuga, levando em consideração indícios encontrados no celular do ex-presidente. O pedido inicial foi respaldado pelo parecer da PGR, que também se manifestou a favor da solicitação do parlamentar.

Os motivos por trás do monitoramento

O pedido de vigilância contínua se fundamenta em alegações de que Bolsonaro poderia estar tentando garantir um plano de fuga, especialmente em relação ao que foi encontrado no celular dele, que incluía uma minuta de pedido de asilo político à Argentina. Esta questão levanta preocupações sobre a segurança do país e a integridade das investigações em curso.

O ministro Moraes, ao justificar sua decisão, afirmou que dada a proximidade do julgamento do processo 2.668/DF e as circunstâncias que cercam o caso, a vigilância constante do ex-presidente é não apenas necessária, mas também adequada para garantir o cumprimento da lei penal.

Desta forma, o desenvolvimento da situação em torno do monitoramento de Jair Bolsonaro ilustra a complexidade e as tensões presentes na política brasileira contemporânea, além de trazer à tona questões críticas sobre a aplicação da lei e a proteção dos direitos individuais.

Com a vigilância em vigor, espera-se que as próximas semanas sejam decisivas para o futuro do ex-presidente e para o desdobramento dos processos que o envolvem.

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