Brasil, 27 de agosto de 2025
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Família busca os restos mortais de parente em cemitério de Poá

Família de Poá enfrenta o drama de busca por parente enterrada há três anos após descoberta de erro na exumação.

Uma situação dramática e angustiante tem traumatizado uma família de Poá, em São Paulo. Eles estão à procura dos restos mortais de uma parente, Elisabete Cardozo da Silva Pavanelli, que foi enterrada há três anos no Cemitério da Paz. O que deveria ser um momento de despedida e de exumação do corpo se transformou em um pesadelo, após a descoberta de que o corpo que ocupava a sepultura não era o de Elisabete.

Erro administrativo gera indignação

Em uma exumação realizada recentemente, a família se deparou com a lápide de Elisabete fora do túmulo. Ao abrir a sepultura, encontraram o corpo de um homem sem qualquer identificação. A indignação tomou conta dos familiares: “Nós estivemos aqui no dia 18, segunda-feira, para fazer a exumação do corpo dela. Chegando aqui eu mesma me deparei com a lápide dela fora do túmulo e eu falei não aqui não é o túmulo da minha mãe e prosseguiram assim mesmo a exumação”, relatou uma das familiares.

Busca pela verdade

Elisabete expressou sua revolta com a falta de informações sobre o corpo encontrado no lugar de sua mãe. “Eles nem sabem quem são, não sabem a data que ele faleceu, não sabem o nome, uma coisa que eu achei super errada. Como que pode uma administração hoje em dia, com uma tecnologia que a gente joga tudo no sistema, não saber o dia, o ano e o mês que esse homem faleceu?”, questionou.

Impacto na memória e na honra da família

A indignação da família não é apenas pelo erro administrativo, mas pelo profundo desrespeito à memória de sua matriarca. “Senti indignação, uma falta de respeito com o familiar e até com quem está enterrado ali”, desabafou Elisabete, enfatizando o cuidado que sempre tiveram com o túmulo da mãe. “Existia um cuidado no túmulo, a lápide estava lá, os tijolos estavam lá. Tinha flores, a gente trazia e agora não tem mais nada. Não tem nada, nada que identifique que minha mãe estava lá”, lamentou.

Ações que estão sendo tomadas

Com a situação, a família decidiu procurar a justiça e já registrou um boletim de ocorrência. Além disso, estão buscando apoio da ouvidoria e considerando a contratação de um advogado para tomar as medidas legais necessárias. “Entrar na Justiça mesmo para ser tudo corrigido conforme a lei”, ressaltou Elisabete.

Respostas da administração do cemitério

A Prefeitura de Poá, em resposta à situação, informou que está em contato com a família para prestar apoio. Além disso, declarou que as irregularidades apontadas na denúncia estão sendo apuradas por meio de sindicâncias internas, com o objetivo de identificar responsabilidades, em conformidade com a legislação vigente.

Este caso levanta questões importantes sobre a administração dos cemitérios e o respeito devido às memórias dos entes queridos. A falta de transparência e a administração ineficaz são questões que, infelizmente, ainda afligem muitas famílias que buscam um tratamento adequado para seus falecidos.

Reflexão sobre o cuidado com o ser humano

Em uma sociedade onde o respeito à vida e à memória dos que partiram deve ser uma prioridade, esse incidente serve como um alerta para todos os órgãos responsáveis pela administração de cemitérios. Afinal, cada sepultura carrega com ela histórias, laços afetivos e, acima de tudo, a necessidade de respeito e dignidade.

Enquanto a família aguarda respostas e busca a verdade, a dor da perda se mistura à indignação por um tratamento que não condiz com a importância de suas memórias. Torcemos para que essa situação encontre uma resolução justa e que momentos dolorosos como este sejam evitados no futuro.

Assista a mais notícias e siga acompanhando os desdobramentos dessa situação que está chamando a atenção da comunidade. O respeito e a memória de nossos entes queridos são tesouros que devem ser preservados com dignidade.

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