Brasil, 26 de agosto de 2025
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IPCA-15 de agosto aponta queda da inflação e expectativa de redução da taxa de juros

Índice oficial revela deflação em vários setores, impulsionada pela redução de preços de alimentos, habitação e transporte

O IPCA-15 de agosto, divulgado nesta terça-feira pelo IBGE, mostrou uma desaceleração significativa da inflação, chegando à deflação. Os preços tiveram queda em setores como habitação, alimentação, comunicação e transportes, refletindo um cenário de melhora nos indicadores econômicos.

Desaceleração da inflação e perspectivas para os juros

O principal destaque foi a queda de 1,13% no grupo habitação, influenciada pelo Bônus de Itaipu, que reduziu em 4,93% os custos de energia elétrica. Além disso, os preços de alimentos também recuaram, com uma queda de 1% na alimentação em domicílio, incluindo a manga, que teve uma redução de 20,99%, impactada por tarifas mais elevadas de Donald Trump. Com essas reduções, a inflação acumulada em 12 meses caiu de 5,3% para 4,95%.

O mercado financeiro já projeta o IPCA de 2025 em cerca de 4,8%, marcando a 13ª semana consecutiva de previsão de queda. Essa tendência de baixa abre espaço para uma possível redução da taxa de juros ainda neste ano ou no início de 2026. Atualmente, a Selic está em 15%, e a continuação dessa trajetória de redução pode impulsionar uma diminuição adicional da taxa.

Análise dos setores e impacto na economia

Segundo especialistas, o recuo na inflação refletiu principalmente na melhora dos preços de alimentação, habitação e transporte, com uma forte desaceleração na parte de serviços, que ainda mantém alguma resiliência devido à demanda contida na economia. André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, destacou que a queda nos preços traz alívio às famílias, apesar de ainda haver pressão inflacionária em alguns segmentos.

O recuo de 1% na alimentação consumida em casa, aliado à redução nos custos de habitação e transporte, representam uma melhora importante no poder de compra dos brasileiros. Porém, a inflação em serviços de alimentação fora de casa ainda avançou 0,71%, indicando que a pressão inflacionária ainda persiste em alguns setores.

Conjuntura e metas de inflação

Apesar de a inflação estar distante da meta oficial de 3%, o IPCA-15 de agosto evidencia uma evolução positiva, já que, em dezembro do ano passado, a previsão para 2025 era de 5,50%. Essa melhora, principalmente por causa dos preços de alimentos, sinaliza uma possível retomada do controle inflacionário, o que pode levar a uma redução da taxa básica de juros.

Para o próximo período, as expectativas continuam indicando uma tendência de queda na inflação e, consequentemente, na taxa de juros, com o IPCA de setembro devendo registrar alta de 0,58%, segundo projeções do Boletim Focus. Caso essa trajetória de queda seja mantida, é provável que a Selic seja reduzida ainda neste ano, ou no máximo, no início de 2026.

Para mais detalhes sobre a evolução dos preços e o impacto das medidas econômicas, veja a análise completa em esta reportagem.

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