O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou na manhã desta terça-feira (26) uma reunião ministerial em que exigiu que todos os seus ministros façam declarações em defesa da soberania do Brasil, especialmente diante das sanções impostas pelos Estados Unidos. Lula também se referiu à família do ex-presidente Jair Bolsonaro como traidores da pátria,称ando a ações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA como uma traição sem precedentes à nação.
A crítica de Lula à família Bolsonaro
Durante a reunião, Lula não economizou nas palavras ao criticar o comportamento do deputado Eduardo Bolsonaro, que, segundo ele, está realizando um lobby contrário ao Brasil nos EUA. “Não conheço na história deste país algum momento em que um traidor da pátria teve a desfaçatez de mudar para um país que ele está adotando como pátria, e tentando insuflar o ódio de alguns governantes americanos contra o povo brasileiro”, afirmou o presidente.
Lula descreveu as ações de Eduardo Bolsonaro como a maior traição à pátria da história do Brasil, enfatizando a gravidade da situação. O presidente pediu que seus ministros usem suas plataformas para defender a soberania nacional e contestar o impacto das sanções que o país enfrenta.
Novas estratégias de comunicação do governo
Além das questões de soberania, a reunião também serviu para discutir estratégias de comunicação do governo. O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, apresentou um novo slogan que substituirá “União e Reconstrução”, e pediu alinhamento entre os ministérios para evitar crises na comunicação. Esse alinhamento visa não apenas enfrentar crises, mas também destacar os resultados positivos da gestão petista.
Contexto político atual e popularidade de Lula
O encontro ocorre em um momento em que Lula busca recuperar a popularidade e fortalecer alianças políticas para a próxima campanha presidencial de 2026. Recentemente, o presidente se reuniu com lideranças de partidos como MDB, Republicanos, União Brasil, PSB e PSD em busca de apoio para suas propostas.
Uma pesquisa recente da Genial/Quaest revelou que a distância entre a aprovação (46%) e desaprovador (51%) do governo caiu pela metade em um mês. Essa mudança é um sinal positivo para a gestão, que se esforça para ter a maior aprovação desde janeiro, quando atingiu 47%.
Prioridades legislativas até dezembro
Durante a reunião, tanto Lula quanto a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, devem delinear as prioridades do governo para o Congresso, que incluem a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança. A regulação das grandes empresas de tecnologia no Brasil também está na pauta do governo.
Preocupações sobre obras do PAC
A pressão por aceleração nas obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projeto emblemático do governo, também foi um tópico abordado. Há receios de que atrasos em obras financiadas pela União possam dar margem a críticas contra o presidente nas próximas eleições. atualmente, o governo possui R$ 16,7 bilhões que ainda não foram liberados, devido à falta de comprovação de que as obras foram concluídas.
Com o aumento da pressão política e a necessidade de mostrar resultados concretos, a gestão de Lula está em um momento decisivo, onde cada palavra e ação dos ministros pode ser crucial para o sucesso da administração. A reunião desta terça-feira não é apenas sobre comunicação, mas é uma chamada à ação para todos os integrantes do governo se posicionarem e defenderem o Brasil com firmeza.
