Brasil, 26 de agosto de 2025
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Queda nos preços dos imóveis acende sinal de alerta nos EUA

Um novo relatório revela que os preços dos imóveis estão caindo em metade dos maiores mercados do país, gerando preocupações sobre uma possível crise habitacional.

Os preços dos imóveis estão em queda em metade dos maiores mercados dos Estados Unidos, conforme revela um novo relatório. Essa tendência despertou temores sobre um possível colapso do mercado imobiliário, à medida que vendedores reduzem seus preços na tentativa de atrair compradores hesitantes, desencorajados pelas altas taxas de hipoteca e pela incerteza econômica.

Aumento nas reduções de preço

Em julho, 27,4% das listagens de imóveis registraram cortes nos preços, o que representa a maior taxa já registrada nos dados mensais da Zillow desde 2018. Essa diminuição ajudou a empurrar os preços para baixo ano a ano em 25 das 50 maiores cidades dos EUA, principalmente nas regiões do Sul e do Oeste.

Estados como Flórida e Texas tornaram-se conhecidos por suas cidades que eram anteriormente boomtowns, agora experimentando as quedas de preços mais rápidas do último ano. Por exemplo, Tampa viu uma diminuição de 6,2%, Austin 6%, Miami 4,6%, Orlando 4,3% e Dallas 3,9%, segundo a Zillow.

Segundo Kara Ng, economista sênior da Zillow, “as cidades onde as correções de preço são mais acentuadas estão entre aquelas que tiveram o maior aumento no estoque de imóveis em comparação com o período anterior à pandemia.” Isso sugere uma superoferta de imóveis no mercado, especialmente no Sul, onde o boom imobiliário da pandemia está agora se revertendo em um colapso devido ao excesso de construções.

Superoferta de imóveis afeta o mercado

Com muitos imóveis disponíveis no mercado e uma demanda em queda, as propriedades estão se acumulando. A Flórida, em particular, enfrenta uma crise com proprietários tendo dificuldades para vender seus imóveis, exacerbada por crises nos condomínios e pelo aumento das taxas de seguro devido à ameaça de desastres naturais.

Entretanto, embora os preços estejam caindo, isso está restaurando uma pequena parte da acessibilidade que havia sido perdida durante o aumento de preços no início da pandemia. Contudo, compradores ainda enfrentam barreiras de acessibilidade em áreas costeiras do oeste, como San Francisco e San Diego.

Mercados com crescimento nos preços

Enquanto as preocupações sobre o colapso do mercado escalam em algumas áreas dos EUA, outras continuam a ver o crescimento nos preços dos imóveis. Nesses mercados, os valores aumentaram ao longo do último ano em 25 grandes cidades, principalmente no Meio-Oeste e no Nordeste.

“A demanda é alta — especialmente em áreas acessíveis — mas as restrições à construção limitam novos projetos e construções de maior densidade”, observa Ng. Cidades como Cleveland, Ohio, registraram um aumento de 4,7% nos preços dos imóveis no último ano, seguido por Hartford, Connecticut, com 4,5%, Louisville, Kentucky, com 3,9% e Detroit, Michigan, com 3,8%.

Perspectivas futuras do mercado imobiliário

Recentemente, a Zillow reavaliou suas previsões para o mercado imobiliário, projetando uma redução geral nos valores dos imóveis nos Estados Unidos em 2025. A previsão de 12 meses feita em maio sugere que os preços dos imóveis devem cair em uma média de 0,9% entre abril de 2025 e abril de 2026. Esta queda representaria a primeira diminuição geral nos preços desde 2011.

Essa mudança é significativa em relação à previsão anterior da empresa, que previa alta de 2,9% nos valores este ano. Com as constantes flutuações no mercado, tanto compradores quanto vendedores enfrentam um cenário desafiador, tornando a navegação pelos complexos sistemas de preços e disponibilidade ainda mais crucial em 2025.

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