Nesta segunda-feira, a apresentadora Ainsley Earhardt do programa Fox & Friends clamou ao ex-presidente Donald Trump que envie tropas para Nova York, alegando necessidade de “limpar as ruas”. A solicitação ocorreu durante discussões sobre possíveis intervenções militares em cidades azuis, incluindo Baltimore e Chicago, com o objetivo de combater a criminalidade, apesar de a cidade de Nova York registrar, nos últimos meses, recordes de baixa nos índices de violência.
Apelo por intervenção militar em Nova York e contexto político
Earhardt pediu de forma dramática que as tropas sejam enviadas para Nova York, dizendo: “Por favor, Donald Trump, envie-os aqui. Limpe essas ruas. Eu quero isso.” A declaração ocorre em meio a uma discussão sobre a ameaça de Donald Trump de mobilizar a Guarda Nacional em várias cidades dos Estados Unidos contra a suposta criminalidade, apesar de dados oficiais mostrarem que Nova York vive seu período mais seguro em décadas.
Reações e dados oficiais
Durante o programa, um trecho foi exibido de uma entrevista com o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, que rejeitou veementemente a possibilidade de militarizar a cidade, classificando a ideia de “caro, ilegal e inconstitucional”. “Não vamos surrender nossa humanidade a esse tirano”, afirmou Johnson, em referência a Trump.
Nos Estados Unidos, os índices de criminalidade em Nova York caíram significativamente: a polícia registrou o menor número de incidentes de tiros e vítimas em sete meses na história da cidade, dados publicados pela Polícia de Nova York indicam esse recuo, contradizendo a narrativa de uma cidade descontrolada.
Além disso, a Casa Branca divulgou que, até o sábado, 93 pessoas tinham sido presas em D.C., incluindo 46 indivíduos que estavam no país ilegalmente, em operações relacionadas ao reforço de segurança na capital. Segundo Earhardt, essas ações tornaram Washington “segura novamente”, uma avaliação contestada por especialistas.
Reação do público e possíveis implicações
Embora a defesa de uma intervenção militar por parte de Trump seja uma postura polêmica, as estatísticas atuais contrariam a narrativa de necessidade de “limpeza” forçada. A questão levanta debates sobre o uso da força militar em cidades americanas e os limites constitucionais dessas ações.
Analistas políticos avaliam que o apelo de Earhardt reflete uma estratégia de reforçar discursos de lei e ordem, mesmo com evidências de que as cidades estão mais seguras, o que pode gerar tensão entre os níveis de governo e a administração de Nova York.