O problema da população em situação de rua no Brasil é uma questão que se agrava a cada ano. Segundo o último censo realizado pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2022, cerca de 7,8 mil pessoas vivem nas ruas. No entanto, um levantamento mais abrangente feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que abrange todas as capitais brasileiras, aponta um número alarmante, quase três vezes maior: mais de 22,5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade total.
Dados alarmantes sobre a população de rua
Os dados do levantamento da UFMG foram extraídos a partir do Cadastro Único, uma ferramenta utilizada pelo governo federal para identificar e apoiar as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Com base nesse cadastro, é possível perceber a disparidade entre os números fornecidos pela prefeitura do Rio e a realidade nacional. Tal discrepância levanta questões sobre a eficiência das políticas públicas voltadas para a população em situação de rua.
Impacto da invisibilidade social
A vida nas ruas é marcada pela falta de acesso a direitos básicos, como alimentação, saúde e abrigo. As pessoas que vivem nessa situação frequentemente enfrentam estigmas sociais e invisibilidade, o que dificulta ainda mais sua reintegração à sociedade. A subnotificação, como demonstrado nas diferenças entre os dados da prefeitura e da UFMG, contribui para essa invisibilidade. Muitas vezes, as políticas de assistência social não são efetivas, pois não refletem o número real de pessoas que precisam de ajuda.
O papel da sociedade civil
Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para ajudar essa população. ONGs, grupos comunitários e indivíduos podem desempenhar um papel crucial no apoio e na reintegração das pessoas em situação de rua. A atuação de voluntários e doações contribuem para oferecer um mínimo de dignidade e segurança para essas pessoas que, em muitos casos, perderam tudo e enfrentam desafios diários de sobrevivência.
O que pode ser feito?
Para que mudanças reais ocorram, é necessário que haja uma combinação de esforços entre o governo e a sociedade. A criação de programas que visam não apenas o acolhimento temporário, mas também a capacitação e inserção no mercado de trabalho da população em situação de rua é fundamental. Além disso, garantir acesso à saúde e a oportunidades de educação são passos essenciais para a recuperação e reintegração dessas pessoas.
A discussão em torno da população em situação de rua deve ser contínua e envolvente, cobrando ações efetivas e humanizadas por parte das autoridades. O recente estudo da UFMG acende um alerta sobre a necessidade de revisitar e reavaliar as estratégias que têm sido implementadas no combate a essa questão. Somente com um entendimento aprofundado do problema e com a participação ativa de toda a sociedade será possível construir um futuro melhor para aqueles que vivem à margem.
O desafio é grande, mas a transformação começa com pequenos atos de solidariedade e o compromisso de não deixar ninguém para trás.
Para mais detalhes sobre o cenário da população em situação de rua no Rio de Janeiro, você pode conferir a matéria completa [aqui](https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/08/25/acao-civil-publica-aponta-falhas-da-prefeitura-do-rio-com-populacao-em-situacao-de-rua.ghtml).