Brasil, 26 de agosto de 2025
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Sergio Moro classifica pedido do PT como ridículo

Senador reage a convocação para depor na CPMI do INSS e critica a estratégia do partido.

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) manifestou-se nesta segunda-feira, dia 25 de agosto, sobre o pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para que ele compareça como testemunha na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Em uma postagem na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), o ex-juiz da Lava Jato caracterizou a solicitação como “ridícula” e acusou o partido de tentar estabelecer uma “cortina de fumaça” para desviar o foco dos reais problemas.

A rebatida de Moro ao pedido

No tuíte, Moro enfatizou que sua atuação como ex-ministro da Justiça e Segurança Pública não teve relação com os descontos aplicados em aposentadorias ou pensões. “Vejo que o PT, desesperado por erguer cortina de fumaça, quer me convocar para depor na CPMI do INSS. O Ministério da Justiça e Segurança Pública que comandei nunca lidou com descontos em aposentadorias ou pensões, então o requerimento é ridículo”, escreveu o senador.

“Apesar disso, posso ir de bom grado falar, pois sou especialista em desmontar os esquemas de roubo do PT e posso dar informações sobre como eles funcionam. Eu não tenho, igual ao Lula, irmão que preside sindicato beneficiado pela fraude contra os aposentados”, completou Moro.

— Sergio Moro (@SF_Moro) August 25, 2025

Contexto da convocação

Moro fez referência ao deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que é um dos responsáveis pelo pedido de convocação, não apenas de Moro, mas também do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Correia, após a extinção do Ministério do Trabalho, a responsabilidade por autorizar novos sindicatos foi transferida ao então ministro da Justiça, cargo que Moro ocupava durante o governo Bolsonaro. Neste período, o deputado sugere que houve o surgimento de diversas entidades suspeitas de aplicar descontos irregulares em aposentadorias e pensões.

A CPMI do INSS e suas investigações

A CPMI do INSS, que recentemente elegeu sua liderança com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente e Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como relator, foi criada para investigar fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social. O escândalo do INSS ganhou destaque após uma série de reportagens do portal Metrópoles, que começaram a ser publicadas em dezembro de 2023, revelando que a arrecadação das entidades com descontos nas mensalidades dos aposentados havia crescido exponencialmente, atingindo R$ 2 bilhões em apenas um ano.

Essas reportagens desencadearam uma série de investigações pela Polícia Federal (PF) e deram suporte às apurações iniciadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). O número considerável de fraudes em filiações de segurados levou à Operação Sem Desconto, que foi deflagrada em 23 de abril e resultou na demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.

As repercussões na esfera política

A resposta de Moro ao pedido do PT e as alegações feitas por Correia trazem à tona um embate político significativo entre os partidos. Enquanto os deputados federais do PT buscam responsabilizar figuras do governo anterior, Moro se coloca como um defensor que tem conhecimento sobre esquemas fraudulentos supostamente orquestrados durante a gestão do PT. A dinâmica das investigações da CPMI também poderá influenciar as próximas eleições e o clima político do país.

Ao passo que a CPMI avança nas investigações, a expectativa é que mais informações venham à tona, trazendo novos desdobramentos e potencialmente resultando em consequências jurídicas para os envolvidos no escândalo.

Com a CPMI do INSS operando e as tensões entre os partidos aumentadas, o cenário político brasileiro continua a se desenrolar, prometendo revelar mais sobre as situações de corrupção e as operações de fraude que afetaram um dos principais pilares da seguridade social no país.

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