A ausência de Neymar e o retorno de Lucas Paquetá na convocação para os jogos contra o Chile, dia 4, e a Bolívia, dia 9, pelas Eliminatórias, naturalmente roubam as atenções. Contudo, a grande novidade anunciada por Carlo Ancelotti veio após a divulgação da lista. Com pouco tempo disponível, o técnico já estabeleceu o núcleo fixo do grupo que irá à Copa do Mundo de 2026, aproveitando os quatro períodos de data FIFA para avaliar novos atletas e montar a lista final.
A busca por uma base sólida
Em suas declarações, Ancelotti enfatizou a importância de convocar todos os jogadores que ainda não conhece bem. “Quero convocar todos os jogadores que não conheço, porque acho que este grupo precisa ter uma base sólida de jogadores que são muito importantes e que também serão fundamentais na Copa do Mundo”, explicou o técnico. Atualmente, ele acredita que possui “14 ou 15 jogadores” que têm potencial para fazer parte da equipe na Copa.
Criteriosos critérios de convocação
Para a convocação dos jogos de setembro, Ancelotti estabeleceu alguns critérios específicos, priorizando jogadores que ele ainda precisa avaliar. A forma física foi outro fator determinante, o que resultou na exclusão de atletas lesionados, como Neymar, que apresentou um edema em uma das coxas, e de outros que tiveram participação limitada em suas equipes, como Rodrygo. Um caso à parte é Vini Jr, que foi poupado devido à suspensão contra o Chile.
O desafio da falta de ritmo
A escassez de atletas com poucos minutos em campo no início da temporada europeia complicou a formação da lista, visto que muitos foram deixados de fora por falta de ritmo. Com isso, destaca-se a presença de apenas quatro jogadores que atuam no futebol brasileiro: Kaio Jorge, Hugo Souza, Fabrício Bruno e Alex Sandro. A análise interna sugere que estes atletas têm se destacado por estarem em melhor forma física atualmente. Ancelotti e sua equipe parecem focados principalmente nos jogadores que atuam fora do país.
Novos talentos na mira
Uma das boas novidades da convocação foi a inclusão de Kaio Jorge, do Cruzeiro. Além de reconhecer o desempenho consistente do atacante, essa decisão indica que a posição de centroavante ainda está aberta em seleção. Outro jogador que receberá sua primeira chance com Ancelotti é João Pedro, que está se destacando no Chelsea. Ambos buscarão espaço na competição com Matheus Cunha (Manchester United) e Richarlison (Tottenham), que, apesar de uma performance abaixo do esperado anteriormente, foi novamente convocado.
Busca por alternativas no ataque
No ataque, a volta de Luiz Henrique, do Zenit, é mais uma indicação do desejo de Ancelotti de explorar opções para cada setor. Diferente da esquerda, que possui boas opções, a direita carece de titulares definitivos. Estêvão (Chelsea) também retornou para lutar por uma vaga.
Desafios no meio de campo e defesa
No setor do meio-campo, a ausência de Gerson, que está apto, indica que Ancelotti está satisfeito com a sua evolução, permitindo que ele descanse na data FIFA enquanto outros jogadores são testados. Paquetá, do West Ham, está de volta e busca espaço na equipe após ter sido inocentado em questões extracampo, competindo contra Bruno Guimarães, do Newcastle.
Na zaga, Marquinhos (PSG) permanece como um pilar, enquanto Alexsandro (Lille) teve boas atuações em junho e retorna. Ele enfrentará a concorrência de Gabriel Magalhães (Arsenal), Fabrício Bruno (Cruzeiro) e Eder Militão (Real Madrid), que ainda está em recuperação de lesão.
Preparativos na Granja Comary
Na lateral, Ancelotti manteve os jogadores que atuam pela direita, mas fez alterações do lado esquerdo, convocando Caio Henrique, do Monaco, e Douglas Santos, do Zenit, que se juntam a Alex Sandro, do Flamengo. O grupo começa a se apresentar no próximo domingo e realiza os treinos sob o comando de Ancelotti a partir da segunda-feira, na Granja Comary, permanecendo até o dia 8, quando a seleção viajará rumo à Bolívia.
A convocação levanta um debate sobre qual será a dinâmica do time de Ancelotti e como o núcleo fixo poderá influenciar a performance da seleção na busca por um desempenho de destaque nas próximas competições internacionais.