Nesta segunda-feira, 25 de agosto, a Polícia Militar de Americana, São Paulo, desmantelou uma operação que resultou na descoberta de um bunker abastecido com fuzis, pistolas e munições, em um imóvel localizado no bairro Praia Azul. A apreensão ocorreu após uma denúncia que surgiu a partir de uma investigação anterior, na qual 183 armas foram encontradas em uma porta secreta, na última quinta-feira, 21. Esse armamento é vinculado ao Comando Vermelho, uma facção criminosa com atuação predominante no Rio de Janeiro.
Descobrindo o bunker
De acordo com a equipe do 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), o novo local de armazenamento de armas estava adjacente a um dos alvos da operação da última semana. A apreensão foi coordenada dentro do processo de cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Durante a operação, os militares encontraram um total de três fuzis, incluindo dois semiautomáticos e um modelo de precisão, além de duas espingardas calibre 12, quatro pistolas, um revólver e centenas de munições.
Até o fechamento desta matéria, não havia informações sobre detenções relacionadas à operação. A polícia continua investigando as circunstâncias que envolvem as armas encontradas.
Vínculos com o Comando Vermelho
As investigações em curso indicam que as armas apreendidas na operação recém-realizada possuíam destino certo: eram destinadas ao Comando Vermelho. A facção criminosa é conhecida por suas atividades ilegais e contrabando no Brasil. Relatos preliminares sugerem que a maioria dos armamentos em questão não possui autorização legal.
Curiosamente, a loja onde as armas foram confiscadas, no bairro Santa Sofia, já havia sido alvo de uma ação policial em maio do mesmo ano. Naquela ocasião, mais de 570 armas foram apreendidas, levando as autoridades a suspeitarem da existência de uma rede de comércio ilegal de armamentos na área.
Funcionamento do bunker
O primeiro bunker descoberto – onde as 183 armas foram localizadas – foi identificado graças à sagacidade e experiência de um dos policiais envolvidos na operação. O “bunker” estava equipado com um dispositivo eletrônico, que, disfarçado sob uma mesa, permitia a abertura de uma porta secreta por meio de uma chave digital. “Debaixo da mesa tinha uma chave, que era uma chave digital, né? Que só os funcionários conseguiam abrir. E aí, um dispositivo eletrônico destravava uma porta secreta”, relatou o major que coordenou a operação.
Consequências e próximos passos
A descoberta desse arsenal levanta importantes questões sobre segurança pública na região e a penetração de organizações criminosas. A Polícia Militar e a Polícia Civil devem intensificar suas investigações para entender melhor a rede de distribuição dessas armas e buscar os responsáveis pelas operações de contrabando.
Apesar das apreensões significativas, a luta contra o tráfico de armas e a atuação de facções criminosas ainda é um desafio constante. As autoridades locais apelam para a colaboração da população, enfatizando a importância de denúncias anônimas e de suporte à segurança. Neste contexto, a eficiência das operações policiais será crucial para conter a violência e restabelecer a ordem na região.
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