Brasil, 25 de agosto de 2025
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Conflito em Gaza: ataques a civis e a campanha de desinformação

Pelo menos 20 civis morreram em ataque a hospital em Khan Yunis enquanto Israel lança campanha de influenciadores em Gaza.

No atual cenário de crise em Gaza, a situação humanitária se agrava a cada dia, e os relatos de ataques a civis se tornam cada vez mais alarmantes. Recentemente, pelo menos 20 pessoas perderam a vida em um ataque a uma estrutura de saúde na área de Khan Yunis. Essa tragédia se insere dentro de um contexto de crescente tensão, onde Israel implementa uma ofensiva militar e lança uma campanha digital para contradizer as denúncias de fome na região.

Com os olhos voltados para Gaza

De acordo com informações das Forças de Defesa de Israel (IDF), a cidade de Gaza está desde o início de setembro sob cerco militar, com uma ofensiva em curso que promete intensificar ainda mais os confrontos. Somente nesta segunda-feira, o número de civis mortos devido aos ataques israelenses atingiu quase 30, com bombardeios concentrados nas áreas noroeste e central da cidade.

As autoridades palestinas reportam que o hospital Nasser, uma importante estrutura de saúde na região, foi deliberadamente atacado, resultando na morte de dezenas de civis, entre os quais estavam cinco jornalistas que cobriam a situação. Com isso, o total de profissionais da mídia mortos desde o início do conflito, em 7 de outubro, chega a 244, conforme informações do Hamas.

Israel utiliza influenciadores para desmentir fome em Gaza

Paralelamente aos ataques, Israel lançou uma polêmica campanha de mídia, enviando dez influenciadores das redes sociais para Gaza. Esses influenciadores, tanto israelenses quanto norte-americanos, foram encarregados de produzir conteúdos que contestam as afirmações sobre uma situação de fome na região. A campanha visa reverter a percepção internacional negativa sobre os impactos do cerco e da guerra, desmascarando o que o governo de Benjamin Netanyahu considera uma tentativa do Hamas de desacreditar Israel.

Os influenciadores publicaram vídeos nas redes sociais afirmando que, contrariamente ao que é mencionado por órgãos internacionais, Gaza está “cheia de comida”. No entanto, essa abordagem foi criticada por muitos, especialmente uma vez que a ONU classifica a situação em Gaza como “catástrofica”. A diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain, reiterou que a desnutrição se encontra em níveis alarmantes, dificultada pela continuidade das hostilidades.

A denúncia da ONU e a palavra do Hamas

A Integrated Food Security Phase Classification (IPC) recentemente declarou oficialmente a existência de uma situação de fome em Gaza, levantando questões sobre a veracidade das alegações feitas por Israel. A realidade vivida por muitos palestinos é de escassez extrema de alimentos e suprimentos básicos, com o Hamas relatando a morte de 289 pessoas devido à fome no enclave. A disputa pela “verdade” nas redes sociais em meio a essa crise humanitária resulta em uma batalha complicada, onde as narrativas se chocam e a situação dos civis continua a ser esquecida.

Impactos da guerra além de Gaza

À medida que os eventos se desenrolam em Gaza, Israel também intensifica suas operações militares no Iémen, com bombardeios pesados na capital Sana’a, que resultaram em várias mortes e dezenas de feridos. Além disso, a Cisjordânia e o sul da Síria também se encontram sob o impacto das ações militares israelenses, com relatos de destruição das oliveiras em al Mughayyir, afetando severamente a economia local.

Enquanto isso, as famílias dos reféns sequestrados pelo Hamas continuam a exigir ações decisivas do governo israelense, com planejadas manifestações visando pressionar Netanyahu a concluir negociações em andamento.

A complexidade do conflito em Gaza, suas implicações humanitárias e as manobras de desinformação revelam um cenário devastador, onde a vida dos civis parece ser constantemente despriorizada em meio a uma crítica batalha política e midiática.

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